sábado, 13 de março de 2010

Terremoto do Chile afeta pesquisas oceânicas

Destruição na cidade de Concepción, Terremoto do Chile. Foto do site www.cubadebate.cu

O terremoto que assolou o Chile, um dos mais fortes já registrados na história, impressiona pela sua intensidade. Cientistas demonstraram nessa semana, através de registros feitos com a utilização de equipamentos de GPS de precisão, que todo o continente sul-americano moveu-se para Oeste, com deslocamentos diferenciados, de acordo com a distância para o foco do sismo. A cidade de Concepción, próximo ao epicentro, chegou a se deslocar três metros em direção ao Oceano Pacífico. Buenos Aires e mesmo o Brasil também se moveram, embora poucos centímetros. Dentre os prejuízos, um causou especial lamento aos pesquisadores em Oceanografia. Os laboratórios das universidades de Concepción e de Dichato foram destruídos pelos tsunamis (ondas do mar formadas pelo tremor e que possuem forte poder de destruição) que assolaram a costa logo após o terremoto. A primeira onda atingiu a região apenas duas horas após o tremor e outras duas seguiram em um espaço de tempo de 30 minutos. Sobraram apenas alguns restos de paredes do reconhecido laboratório de Dichato. Equipamentos de laboratório, computadores, amostras e muitos anos de pesquisa se perderam.

Da coluna "Rumo Náutico", de Axel Grael. Jornal O Fluminense, Niterói, 13/03/10.

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