quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mercadante discute construção do primeiro laboratório marítimo

Ideia de laboratório em alto mar, associado à logística de exploração do pré-sal, já foi debatida com a presidente Dilma Rousseff

A construção do primeiro laboratório fixo em alto mar foi discutida nesta quarta-feira, dia 19, pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Ele se reuniu, em seu gabinete, em Brasília, com representantes dos institutos oceanográficos da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Participaram também pesquisadores integrantes de institutos nacionais de ciência e tecnologia (INCTs) sediados no Rio de Janeiro, Ceará, Bahia e Pernambuco.

Mercadante explicou que o objetivo é usar o laboratório para pesquisas marinhas de alto nível, relacionadas às correntes oceânicas, vida marinha e biotecnologia. A ideia de consórcio já foi debatida com a presidente Dilma Rousseff e com representantes da Marinha, da Petrobras e de empresas privadas.

Para Mercadante, o objetivo principal do laboratório é o uso sustentável do oceano. "Depois do episódio do acidente do Golfo do México [em abril de 2010, um dos maiores desastres ambientais da história] não podemos apenas explorar o mar. É como a pesca, precisamos devolver e preservar, mas para isso temos que conhecer e estudar o oceano", disse.

O laboratório marítimo funcionaria em parceria com os dois navios oceanográficos da Marinha, abrangendo uma área de 4 milhões de quilômetros quadrados de água.

(Assessoria de Comunicação do MCT)

Um comentário:

  1. O discurso é bonito e nós sabemos que na verdade existem outros interesses envolvidos (como o domínio brasileiro na região de exploração do pré-sal), mas se realmente sair do blablabla e do mundo das ideias, pode mesmo ser um passo enorme para a proteção do meio-ambiente e para o desenvolvimento das atividades ligadas ao mar, que, diga-se de passagem, em um país com a dimensão litorânea que temos, é ridícula a atuação em atividades ligadas ao mar, que poderiam ser imensamente maiores.
    Em todo caso, acho muito bom que numa época em que tantas empresas francesas pensam em investir no mercado náutico brasileiro e que há tantos projetos de estaleiros e afins, exista também o projeto para um laboratório marítimo, assim a exploração, seja ela na costa ou em alto-mar, poderá ser feita com consciência e cuidados para proteger o meio-ambiente. Vamos torcer para que tudo isso realmente saia do papel!

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