domingo, 27 de fevereiro de 2011

Dinamarca pretende acabar com uso de combustíveis fósseis até 2050

Graças a iniciativas como da Dinamarca, a cena pode estar com data para acabar: cresce o esforço mundial para se livrar da dependência do petróleo e de seus impactos ambientais. Na região metropolitana do RJ o transporte é responsável por 70% das emissões atmosféricas.

Data: 25/02/2011 14:05
Por: Redação TN / Jéssica Lipinski, Instituto CarbonoBrasil

A Dinamarca pode tornar-se uma nação livre dos combustíveis fósseis até 2050. Pelo menos foi o que afirmou a Comissão Climática do país em um relatório. De acordo com os dados apresentados, o país teria que investir 0,5% do seu PIB – cerca de US$2,95 bilhões – para que isso se torne possível. A comissão declarou que o investimento será relativamente barato porque nas próximas décadas os preços dos combustíveis fósseis tendem a aumentar cada vez mais, enquanto os valores das fontes renováveis se tornarão menos caros, e também porque grande parte da tecnologia necessária para a mudança já existe. Além dos preços definidos pelo mercado internacional, outro fator que contribuirá para o aumento do valor dos combustíveis fósseis são as taxas e impostos internos determinados pelo governo dinamarquês, que se tornarão mais caros.

O governo já apresentou um plano para investir nas renováveis, que inclui a energia eólica e o biogás, para se tornar livre de combustíveis fósseis até 2050. Em 2020, o país pretende dobrar a sua produção de energia eólica para 42% do total da capacidade energética. Até lá, a Dinamarca pretende ter cortado 6% do seu consumo anual de energia em relação aos níveis de 1990, e para 2050, a nação espera já ter diminuído 25% do seu gasto energético.

O primeiro-ministro dinamarquês Lars Løkke Rasmussen prometeu que em breve o governo iria apresentar um projeto de como se tornar totalmente independente dos combustíveis fósseis. “Um plano de transição como esse afetará todos os setores da sociedade e todos os aspectos da política. Estamos enfrentando decisões difíceis de adotar. Não é um objetivo que se possa conseguir de um dia para o outro, mas sabemos que precisamos começar”, enfatizou.

O país receberá subsídios por parte do governo para a produção de biogás, o aumento de bio-aditivos nos combustíveis, a instalação de novas turbinas eólicas onshore e a expansão das usinas eólicas offshore, passando a capacidade instalada de 3GW para algo entre 10GW e 18,5GW. O governo dinamarquês também pretende aumentar a eficiência para a produção e consumo de energia e instalar conexões internacionais, que permitam a exportação de energia quando houver excedente e a importação em épocas de pouco vento.

Com essa alteração nos padrões energéticos, a nação espera reduzir as emissões de carbono em 75%. Para chegar à meta de reduzir 95% das emissões, sugerida pelos cientistas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, em inglês), outros setores da economia, sobretudo a agricultura, também terão que passar por mudanças.

Essas transformações farão com que tanto a população quanto as empresas paguem mais pela energia, mas segundo o Ministério do Meio Ambiente essas medidas não prejudicarão a competitividade do país em relação à produção de energia.

“Ninguém está dizendo que aplicar investimentos maiores em eficiência energética e expandir o uso de energia renovável será de graça”, ressaltou o ministro do Clima e Energia Lykke Friis. “Mas a alternativa é continuar dependendo os combustíveis fósseis, que todos os indicadores mostram que só se tornarão mais caros nos próximos anos”.

*Com informações de agências internacionais

Fonte: TN Sustentável

Catalunha analisa custos da substituição de suas usinas nucleares


Cerrar las nucleares catalanas cuesta 20.000 millones
El cierre de las tres centrales nucleares catalanas y la sustitución de la electricidad que producen con renovables y cogeneración tiene un coste global de 20.000 millones de euros, según un informe encargado por el tripartito en 2008 mediante el Consejo Asesor de Desarrollo Sostenible (Cads), dependiente de la Conselleria de Vicepresidencia que dirigía Josep Lluís Carod-Rovira.

El estudio, al que ha tenido acceso Europa Press, detalla que dicho cierre sería factible con una inversión anual del orden de 1.500 millones de euros en renovables y 500 millones en cogeneración, a razón de unos 226 euros por persona y año durante una década, por lo que el cierre definitivo podría ser una realidad en 2020.

Dicha inversión --el presupuesto global de la Generalitat para 2010 fue superior a los 39.000 millones-- permitiría un crecimiento año a año del 14% en la energía generada en Cataluña mediante las renovables y de un 10% mediante la cogeneración.

El escenario de cierre requiere "inversiones importantes a corto plazo" y, a pesar de ser posible, parece inviable en el periodo actual de contención presupuestaria puesto que serían necesarios "cambios importantes en el parque de generación en poco tiempo", según el informe del Cads.

Dicho organismo asesor de la Generalitat señala, en cualquier caso, que las conclusiones de sus trabajos no tienen porqué ser asumidas por el Govern, y subraya que el trabajo 'Sostec: transición hacia un modelo eléctrico sostenible en Cataluña' parte de la base de que las tres nucleares catalanas --Ascó I, Ascó II y Vandellòs II-- agotarán su licencia de explotación de 40 años a lo largo de la década de 2020.
El trabajo fue elaborado en 2009 por la empresa Ecofys y fue coordinado por el doctor en Ingeniería Industrial de la Universitat Politècnica de Catalunya (UPC), Josep Puig, quien también es portavoz del Grupo de Científicos y Técnicos para un Futuro sin Nucleares.

HORIZONTE 2050

El estudio explora tres escenarios posibles tomando como referencia el 2020 y el 2050, con el objetivo de ofrecer una serie de alternativas que aseguren el suministro "con suficiente previsión y antelación", ya que el sistema eléctrico "no se puede improvisar".

El análisis actual --realizado en base a las cifras de 2007--, indica que Cataluña tiene una gran dependencia de los combustibles fósiles, una baja participación de las energías renovables y una importante participación en el mix eléctrico de la energía termonuclear, ya que mientras en el conjunto de España este sistema supone el 20% del total de energía producida, en Cataluña la cifra alcanza el 50%.

Pese a que se reconoce que la demanda de electricidad "sigue una tendencia creciente" en los últimos años, la previsión del ocaso nuclear se ha hecho teniendo en cuenta que la población no crecerá, e incluye el compromiso de aumentar un 20% la eficiencia energética.

El objetivo final del modelo propuesto, más allá del cierre nuclear en 2020, era lograr un sistema eléctrico libre de emisiones de gases de efecto invernadero en 2050, algo que igualmente se considera factible con una inversión de 60 euros por cápita desde ahora hasta el 2050.

Fonte: ECOticias.com

Velas solares: criatividade e inovação na busca da ecoeficiência no mar

Barcos solares: o Projeto Grael navega na inovação tecnológica 

Lars Grael faz demonstração do barco solar "Peixe Galo", do Projeto Grael. Foto de Axel Grael.

Barcos solares já são uma realidade. Veja, por exemplo, o Peixe Galo, o barco solar do Projeto Grael (acesse links aqui no Blog sobre o Peixe Galo clicando em 1, 2, 3, 4, 5, 6).

O Peixe Galo é o primeiro passo do programa Alternativa Solar programa do Projeto Grael para difundir entre os seus alunos e na comunidade náutica as técnicas e aplicações da energia solar.

O programa Alternativa Solar foi reconhecido pelo British Council e o oceanógrafo Vinicius Palermo, do Projeto Grael, foi selecionado para participar do Climate Generation, programa através do qual a instituição britânica promoe uma rede de jovens lideranças que podem ter uma participação relevante na construção de uma sociedade sustentável.

Desenvolvido em parceria com o Polo Náutico da UFRJ, o Peixe Galo participa do Desafio Solar, iniciativa que reúne universidades e escolas técnicas para a difusão no ambiente acadêmico e na sociedade como um todo da tecnologia e aplicação náutica da energia solar.

Saiba mais sobre o Desafio Solar.


Ideias para uma economia de baixo carbono

Impulsionado pelos ventos, o homem se lançou pelos mares. Agora, velas podem se somar à tecnologia solar para melhorar a eficiência ambiental dos navios.

A meu ver, a concepção abaixo está longe de fazer algum sentido como uma vela eficiente para impulsionar um navio petroleiro, mas o interessante é ver como designers, engenheiros e cientistas, etc, estão pensando em alternativas para o futuro. Acredito que o futuro está nstas soluções híbridas, aproveitando várias oportunidades simultâneas, como o vento, o sol, etc.

No projeto abaixo, o navio ainda utilizará motor queimando derivados de petróleo, mas isso é aceitável como uma alternativa de transição para o mundo pós-combustíveis fósseis.

Soluções viáveis ou meros delírios? Não importa. É assim que muitas tecnologias do cotidiano surgiram. Voar já foi uma utopia!!!!

Axel Grael

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Eco Marine Power Developing Solar Sails to Power Ships



Traditionally wind power has enabled man to travel the seas, but in recent years, fossil fuels and nuclear power have taken over. However, Japanese company Eco Marine Power are harking back to days of yore, but this time with a renewable energy twist. The energy firm has developed rigid sails that are installed with solar models and the system, called The Aquarius, is able to collect both solar and wind energy to power ships.

Eco Marine Power have been developing the technology for large ships such as oil tankers, but believe it could also benefit smaller vessels such as passenger ferries, tourist boats and coastal freighters. The company also hope that global governments could also benefit from the technology on naval vessels.

The Eco Marine Power Aquarius System will allow ships to not only utilise wind power and solar energy, but reduce fuel consumption and lower greenhouse gas emissions. It would enable shipping fleets the world over to reduce the CO2 footprint of their fleet.

The latest design made by Eco Marine allows the array of rigid sail panels to be controlled via an on-board computer system. It allows the solar sail panels to be optimized in order for the collection of either solar and wind energy in variable weather conditions.

Imagine that, not only a future where oil tankers utilize wind energy, but also solar power as well. Oh, the irony.

FONTE: Inhabitat

Mais informações:  Ecomarinepower

India lança programa para plantar 5 milhões de hectares de florestas em 10 anos



Green India Mission gets approval from PM council

Indian government has approved an ambitious project for increasing forest land in India. This project, titled Green India Mission aims at raising India's forest covered land by 5 million hectares over a period of next 10 years.

Prime Minister's Council on Climate Change approved this Rs 46,000 crore project on Wednesday. Green India Mission is one among 8 missions specified in National Action Plan on Climate Change.

Currently, 70 million hectare land in India is forest land, but nearly 28 million hectare land is either considered as degraded or bad quality forests. This mission will be executed by Ministry of Environment and Forests.

Environment minister Jairam Ramesh said about the project, "India is endowed with vast forest resources. The total forest and tree cover of the country is estimated at 23.39% of the geographic area, of which forest cover accounts for 21.02% (69.09 million hectare)."

This mission not only aims at increasing forest area in India, but also targets improving quality of forests in India. Other key areas to be covered under this mission are improvement of ecosystem services like biodiversity, hydrological services and carbon sequestration. This mission also aims at making forests a source of livelihood of at least 3 million families. India has a rich biodiversity with only 2.4% of world's forest land and 7-8% of the flora and fauna of the world.

Green India Mission will also ensure that forests in India should be able to capture 5 million tonnes of CO2 per month after ten years. This target is just 6% of total expected emission.

Fonte: Topnews

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Arborizaçao urbana das cidades britânicas está ameaçada por doenças


What is killing Britain's street trees?
Trees in Britain are struggling to come to life this winter following outbreak of disease, gritting of roads and over-zealous health and safety.

Disease
Climate change and the increasing movement of horticultural plants around the country has increased the risk of disease. Chestnuts are suffering from bleeding canker and a leaf miner moth and many have had to be killed on Britain's streets. Oaks, that are more often found in parks, are being killed by acute oak decline. And Japanese larch, that is a popular ornamental tree, is dying from sudden oak death.

Gritting

Heaving gritting ove the roads over the last two winters has affected trees. Rock salt - or sodium chloride - is the most popular and cheapest treatment used by gritters, but when the ice or snow melts the toxic runoff can easily seep into soil - starving trees of moisture. Salt will also subject the roots to 'toxic attack' - causing them to slowly die off.

Health and Safety
Councils are increasingly nervous about falling branches and hay fever. A line of 200-year-old trees were felled in Bradford after one fell down in a storm and apple trees were chopped down in North Yorkshire for fear fruit would fall on people's heads.

Fonte: The Teleghaph

Não se bebe petróleo: escassez de água é um dos motivos das tensões sociais nos países árabes


A camel takes a drink in Jordan. The Middle East faces conflict if its water shortage is not tackled. Photograph: Neal Clark/Robert Harding Collection

What does the Arab world do when its water runs out?
Water usage in north Africa and the Middle East is unsustainable and shortages are likely to lead to further instability – unless governments take action to solve the impending crisis

John Vidal

Poverty, repression, decades of injustice and mass unemployment have all been cited as causes of the political convulsions in the Middle East and north Africa these last weeks. But a less recognised reason for the turmoil in Egypt, Tunisia, Algeria, Yemen, Jordan and now Iran has been rising food prices, directly linked to a growing regional water crisis.

The diverse states that make up the Arab world, stretching from the Atlantic coast to Iraq, have some of the world's greatest oil reserves, but this disguises the fact that they mostly occupy hyper-arid places. Rivers are few, water demand is increasing as populations grow, underground reserves are shrinking and nearly all depend on imported staple foods that are now trading at record prices.

For a region that expects populations to double to more than 600 million within 40 years, and climate change to raise temperatures, these structural problems are political dynamite and already destabilising countries, say the World Bank, the UN and many independent studies.

In recent reports they separately warn that the riots and demonstrations after the three major food-price rises of the last five years in north Africa and the Middle East might be just a taste of greater troubles to come unless countries start to share their natural resources, and reduce their profligate energy and water use.

"In the future the main geopolitical resource in the Middle East will be water rather than oil. The situation is alarming," said Swiss foreign minister Micheline Calmy-Rey last week, as she launched a Swiss and Swedish government-funded report for the EU.

The Blue Peace report examined long-term prospects for seven countries, including Turkey, Iraq, Jordan, the Palestinian territories and Israel. Five already suffer major structural shortages, it said, and the amount of water being taken from dwindling sources across the region cannot continue much longer.

"Unless there is a technological breakthrough or a miraculous discovery, the Middle East will not escape a serious [water] shortage," said Sundeep Waslekar, a researcher from the Strategic Foresight Group who wrote the report.

Autocratic, oil-rich rulers have been able to control their people by controlling nature and have kept the lid on political turmoil at home by heavily subsidising "virtual" or "embedded" water in the form of staple grains imported from the US and elsewhere.

But, says Jon Alterman, director of the Middle East programme at the Washington-based Centre for Strategic Studies, existing political relationships are liable to break down when, as now, the price of food hits record levels and the demand for water and energy soars.

"Water is a fundamental part of the social contract in Middle Eastern countries. Along with subsidised food and fuel, governments provide cheap or even free water to ensure the consent of the governed. But when subsidised commodities have been cut, instability has often followed.

"Water's own role in prompting unrest has so far been relatively limited, but that is unlikely to hold. Future water scarcity will be much more permanent than past shortages, and the techniques governments have used in responding to past disturbances may not be enough," he says.

"The problem will only get worse. Arab countries depend on other countries for their food security – they're as sensitive to floods in Australia and big freezes in Canada as on the yield in Algeria or Egypt itself," says political analyst and Middle East author Vicken Cheterian.

"In 2008/9, Arab countries' food imports cost $30bn. Then, rising prices caused waves of rioting and left the unemployed and impoverished millions in Arab countries even more exposed. The paradox of Arab economies is that they depend on oil prices, while increased energy prices make their food more expensive," says Cheterian.

The region's most food- and water-insecure country is Yemen, the poorest in the Arab world, which gets less than 200 cubic metres of water per person a year – well below the international water poverty line of 1,000m3 – and must import 80-90% o f its food.

According to Mahmoud Shidiwah, chair of the Yemeni water and environment protection agency, 19 of the country's 21 main aquifers are no longer being replenished and the government has considered moving Sana'a, the capital city, with around two million people, which is expected to run dry within six years.

"Water shortages have increased political tensions between groups. We have a very big problem," he says.

Two internal conflicts are already raging in Yemen and the capital has been rocked by riots this month. "There is an obvious link between high food prices and unrest [in the region]. Drought, population and water scarcity are aggravating factors. The pressure on natural resources is increasing, and the pressure on the land is great," said Giancarlo Cirri, the UN World Food Programme representative in Yemen.

"If you look at the recent Small Arms Survey [in Yemen], they try to document the increase in what they call social violence due to this pressure on water and land. This social violence is increasing, and related deaths and casualties are pretty high. The death tolls in the northern conflict and the southern conflict are a result of these pressures," said Cirri.

Other Arab countries are not faring much better. Jordan, which expects water demand to double in the next 20 years, faces massive shortages because of population growth and a longstanding water dispute with Israel. Its per capita water supply will fall from the current 200m3 per person to 91m3 within 30 years, says the World Bank. Palestine and Israel fiercely dispute fragile water resources.

Algeria and Tunisia, along with the seven emirates in the UAE, Morocco, Iraq and Iran are all in "water deficit" – using far more than they receive in rain or snowfall. Only Turkey has a major surplus, but it is unwilling to share. Abu Dhabi, the world's most profligate water user, says it will run out of its ancient fossil water reserves in 40 years; Libya has spent $20bn pumping unreplenishable water from deep wells in the desert but has no idea how long the resource will last; Saudi Arabian water demand has increased by 500% in 25 years and is expected to double again in 20 years – as power demand surges as much as 10% a year.

The Blue Peace report highlights the rapid decline in many of the region's major water sources. The water level in the Dead Sea has dropped by nearly 150ft since the 1960s. The marshlands in Iraq have shrunk by 90% and the Sea of Galilee (Lake Kinneret) is at risk of becoming irreversibly salinised by salt water springs below it.

Meanwhile, says the UN, farm land is becoming unusable as irrigation schemes and intensive farming lead to waterlogging and desalination.

Some oil-rich Arab countries are belatedly beginning to address the problem. Having drained underground aquifers to grow inappropriate crops for many years, they have turned en masse to desalination. More than 1,500 massive plants now line the Gulf and the Mediterranean and provide much of north Africa and the Middle East's drinking water – and two-thirds of the world's desalinated water.

The plants take salty or brackish water, and either warm it, vaporise it and separate off the salts and impurities, or pass it through filters. According to the WWF, it's an "expensive, energy intensive and greenhouse gas-emitting way to get fresh water", but costs are falling and the industry is booming.

Solar-powered plants are being built for small communities but no way has been found to avoid the concentrated salt stream that the plants produce. The impurities extracted from the water mostly end up back in the sea or in aquifers and kill marine life.

Only now are countries starting to see the downsides of desalination. Salt levels in the Arabian Gulf are eight times higher in some places than they should be, as power-hungry water plants return salt to an already saline sea. The higher salinity of the seawater intake reduces the plant's efficiency and, in some areas, marine life is suffering badly, affecting coral and fishing catches.

Desalination has allowed dictators and elites to continue to waste water on a massive scale. Nearly 20% of all Saudi oil money in the 1970s and 80s was used to provide clean water to grow wheat and other crops in regions that would not naturally be able to do so. Parks, golf courses, roadside verges and household gardens are all still watered with expensively produced clean drinking water. The energy – and therefore water – needed to keep barely insulated buildings super-cold in Gulf states is astonishing.

A few Arab leaders recognise that water and energy profligacy must be curbed if ecological disaster is to be avoided. In Abu Dhabi, which is building Masdar, the $20bn futuristic city to be run on renewable energy, the environment agency is spearheading a massive drive to reduce water use. Concrete is replacing water-hungry grass verges and new laws demand water-saving devices in all buildings.

"We cannot go on giving free water and energy. It's not benefiting anyone. We have to change and we will change. We know we must find common solutions," says Razan Khalifa al-Mubarak, assistant head of the environment agency.

"Allah does not like those who waste," says Talib al-Shehhi, director of preaching at the ministry of Islamic affairs. "Safeguarding resources and water especially is central to religion. The Qu'ran says water is a pillar of life and consequently orders us to save [it], and Muhammad instructs us to do so."

Water awareness is definitely growing, says Kala Krishnan, member of an eco club at the large Indian school in Abu Dhabi. "People were amazed when we showed them how much they use in a day. We stacked up 550 one-litre bottles and they refused to believe it. Now schools are competing with each other to reduce water wastage."

More than 2,000 mosques in Abu Dhabi have been fitted with water-saving devices, which is saving millions of gallons of water a year when people wash before prayer. Other UAE states are expected to follow.

The more drastic response to the crisis is to shift farming elsewhere and to build reserves. Saudi Arabia said in 2008 it would cut domestic wheat output by 12.5% a year to save its water supplies. It is now subsidising traders to buy land in Africa. Since the troubles in Egypt and north Africa, it has said it aims to double its wheat reserves to 1.4m tonnes, enough to satisfy demand for a year.

Countries now recognise how vulnerable they are to conflict. The UAE, which includes Abu Dhabi and Dubai, has started to build the world's largest underground reservoir, with 26,000,000m3 of desalinated water. It will store enough water for 90 days when completed. The reasoning is that the UAE is now wholly dependent on desalination to survive.

"Wars can erupt because of water," said Mohammed Khalfan al-Rumaithi, director general of the UAE's National Emergency and Crisis Management Authority last week. "Using groundwater for agriculture is risky. If it doesn't harm us it will harm other generations," he told the Federal National Council.

"We suffer from a shortage of water and we should think about solutions to preserve it rather than using it for agriculture," he said.

Water shortages, concludes the Blue Peace report, are now so alarming that in a few years opposing camps will have little choice but to co-operate and share resources, or face ruinous conflict. That way, it says, instead of a potential accelerator of conflict, the water crisis can become an opportunity for a new form of peace where any two countries with access to adequate, clean and sustainable water resources do not feel motivated to engage in a military conflict. It sounds optimistic, but the wind of change blowing through the region suggests everything is possible.

IN NUMBERS: Middle East water facts

10.7% Food-price inflation in Egypt during 2010.
25% Expected increase in Saudi water demand up to 2020.
2.9% Yemen population growth each year.
14 cubic kilometres of water loss from Dead Sea in the past 30 years (1980-2010).
240 cubic metres per person annual water use in Israel.
75 cubic metres per person annual water use in Palestinian West Bank.
$0.53 Cost per cubic metre of desalinated water.
120 Desalination plants throughout UAE, Qatar, Bahrain, Saudi Arabia, Kuwait and Iran.

Fonte: The Guardian
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Leia o relatório The Blue Peace, sobre a escassez de água no Oriente Médio.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Lars Grael recomenda integração entre esporte e políticas públicas


Apesar da progressiva valorização do esporte no Brasil, falta ao País a clareza sobre o financiamento do segmento e a definição do papel de cada setor: poder público, empresarial e clubes. Com esta avaliação, o medalhista olímpico Lars Grael e membro da Comissão Nacional de Atletas do Comitê Olímpico Brasileiro participou, nesta quinta-feira (24/2/11), do Fórum Democrático para o Desenvolvimento de Minas Gerais, realizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Esporte e Juventude é o último dos dez temas do fórum, debatidos desde o dia 15.

Além dele participaram como palestrantes o representante do Conselho Nacional de Juventude, Josbertini Virgínio Clementino; o diretor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG, Emerson Silami; e gerente de Lazer e Esportes da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, Antônio Muzzi. Na mesa presidida pelo deputado Marques Abreu, eleito nesta data para presidir a Comissão de Esportes da Assembleia, o secretário de Estado de Esportes e da Juventude, Braulio Braz, discorreu sobre os programas desenvolvidos em Minas pela SEEJ.

Reconhecendo que o esporte ganhou nova dimensão no País, ao longo das ultimas décadas, Lars Grael salientou, que o Brasil precisa investir mais no esporte de base. "Hoje vemos muito investimento no esporte de rendimento, mas é preciso preparar a base, com o esporte nas escolas, para a formação de atletas do futuro". Lembrando que a vocação do País é abrir-se para o mundo, na forma do turismo, Grael afirmou que a realização de eventos esportivos é o principal caminho.

Ao apresentar suas sugestões, Lars Grael disse que deve haver integração das políticas públicas em todas as esferas de governo, com as demais políticas de inclusão social. "É preciso que o esporte esteja lado a lado com as políticas de saúde, ambientais, educacionais e de turismo", afirmou. E recomendou também que a integração se estenda às ações da iniciativa privada. Para ele, a parceria é fundamental na valorização do esporte, apontando o exemplo dado pelo secretário Braulio Braz, na parceria com a Cemig, no programa "Campos de Luz", que leva iluminação a campos comunitários, para a realização de atividades noturnas.

Por sua vez, o secretário de Esportes descreveu todos os programas desenvolvidos pelo governo mineiro, entre eles: os Jogos do Interior de Minas (Jimi), o Minas Olímpica Nova Geração, Saúde na Praça; o Segundo Tempo, entre outros, quase sempre em parceria com os municípios e a União. Ex-jogador do Clube Atlético Mineiro, o deputado Marques Abreu disse que a inclusão do tema "Esporte e Juventude" no fórum é significativo, diante do contexto de preparação para eventos esportivos de grande repercussão que irão acontecer no Brasil nos próximos anos, como a Copa do Mundo, em 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Juventude deve ser priorizada no desenvolvimento do Estado

"A juventude deve ser priorizada no desenvolvimento do Estado", disse Josbertini Virgínio Clementino, do Conselho Nacional da Juventude, respondendo à pergunta sobre o que deverá constar na agenda da Assembleia nos próximos anos. Para ele, falar sobre o tema juventude já se reveste de uma dificuldade inicial por se tratar de um tema novo, que acaba se tornando invisível frente a outros considerados mais prioritários.

No Brasil, segundo Josbertini, somente em 2005, com a sanção da Lei 11.129, o Governo Federal passou a dar importância a esse segmento, definindo inclusive a faixa etária incluída na definição do jovem: 15 a 24 anos. Não por acaso, também em 2005, foi criada a Secretaria Nacional da Juventude, vinculada à Presidência da República, com a consequente instalação do Conselho Nacional da Juventude.

Já em 2008, por iniciativa da Presidência, foi realizada a I Conferência Nacional de Políticas Públicas para a Juventude, embrião para a aprovação, em 2010, da Proposta de Emenda à Constituição 42/08, a chamada PEC da Juventude. A proposta insere o termo juventude no capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais da Constituição Federal, elevando as políticas para a juventude a políticas de Estado.

A relevância que o tema ganhou hoje no País, de acordo com Josbertini Clementino, deve-se a vários fatores, entre eles, a importância populacional do segmento. "Nunca tivemos e nunca mais teremos tantos jovens na população brasileira como agora", afirmou. Além disso, a ausência histórica do Estado em assistir essa população contribuiu para a precariedade da condição juvenil, segundo ele. E por último, para construir o desenvolvimento é preciso preparar essa geração de jovens que, em breve, assumirá os destinos do País.

Apesar da importância que essa faixa etária assume no Brasil, o quadro atual das condições dos jovens não é animador. Segundo o IBGE, 40% vivem em famílias sem rendimento ou até com meio salário mínimo; a cada dois desempregados, um é jovem, sendo que somente 35% têm carteira assinada; o desemprego atinge mais intensamente jovens negros e mulheres; dois terços da população carcerária do País é de jovens. Para completar, de cada 10 jovens brasileiros, sete acreditam que vão ter piores condições de viver e trabalhar que seus pais.

Na avaliação de conselheiro nacional da Juventude, Josbertini Clementino, os próximos passos para que os jovens consigam ampliar políticas públicas em seu favor seriam a aprovação do Plano Nacional de Juventude e do Estatuto da Juventude, que já tramitam na Câmara dos Deputados. Em Minas Gerais, continua Josbertini, os desafios maiores são aprovar a PEC e o Plano Estadual e ainda o Estatuto da Juventude, em sua versão estadual

Professor destaca poder transformador do esporte

A importância do esporte como instrumento de promoção da saúde e de inclusão social de jovens carentes foi o tema da palestra do diretor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG, Emerson Silami.

Para ilustrar o poder transformador do esporte, ele citou o projeto Kicking for Peace, desenvolvido pelo mineiro José Flávio Andrade Cabral, na África do Sul. Por meio desse projeto, crianças carentes têm acesso às praças de esporte da Universidade da Cidade do Cabo. A iniciativa, que atende centenas de crianças, foi premiada pela Organização das Nações Unidas, que a escolheu entre 400 projetos de 100 países.

Silami se disse otimista com o andamento de diversas ações e projetos voltados para o desenvolvimento do esporte em Minas Gerais.

Para fomentar o esporte olímpico, a UFMG inaugura em abril uma moderna pista de atletismo, construída num terreno nas proximidades do Mineirão. "Não vamos resolver todos os problemas do esporte de uma só vez. Precisamos ter paciência para resolvê-los pouco a pouco. Mas acredito que as coisas estão sendo feitas. Todos nós temos que arregaçar as mangas e trabalhar", afirmou.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Copenhague adota lei que obriga a implantação de telhados verdes

Telhados verdes tomam gradativamente a paisagem urbana de Copenhague.

Copenhagen's Green Roof Ambitions

Copenhagen is the first city in Scandinavia to have a manditory green roof policy. The new policy makes vegetation and soil a mandatory obligation in planning. The policy covers all roofs with less than a 300 pitch and also covers refurbishment of older roofs. However such roofs will get some public financial. The green roof policy is part of a wider ambition the City has to be carbon neutral:

’Copenhagen has set itself the ambitious target of becoming the world’s first carbon neutral capital by 2025. To meet this ambitious goal we need ambitious measures. Therefore we have now decided to ensure the City adapst to extreme weather conditions by making new requirements for getting grass on top of as many buildings as possible, ’ - Mayor of Technical and Environmental Administration, Bo Asmus Kjeldgaard.

The City of Copenhagen has set out four requirements for green roofs. Buildings with green roofs should be able to meet at least two of the following effects:

  • Absorb 50-80% of the precipitation that falls on the roof.
  • Provide a cooling and insulating effect of the building and reduce reflection.
  • Help make the city greener, reducing the urban heat island effect, counteracting the increased temperatures in the city.
  • Contribute to a visual and aesthetic architectural variation that has a positive effect on the quality of life.
  • Double the roof life of the roofing membrane by protecting it against UV rays etc.
Today about 20,0000 m2 of the roofs in Copenhagen are flat and at least 30 buildings have green roofs. It is envisioned that new development should add 5000 m2 per year – though this is only aspirational as it will depend on the development cycle and economic factors

Grandes cidades se rendem aos Telhados Verdes

Telhado verde.

Uma idéia para reduzir o calor nas grandes cidades, combater o efeito estufa e evitar problemas como enchentes e transbordamento de esgotos está ganhando cada vez mais adeptos em todo o mundo. São os Telhados Verdes, ou como é mundialmente conhecido Green Roofs. Na verdade é uma maneira de dar vida a cobertura dos edifícios plantando diferentes tipo de vegetações, o que melhora a qualidade de vida e reduz a poluição nos grandes centros urbanos.


Um dos locais que já desenvolve a política dos Green Roofs é a cidade canadense de Toronto. A prefeitura local criou um plano de incentivo à técnica que inclui a instalação destes telhados em prédios já existentes e também nos que serão construídos, com meta de alcançar 50% a 75% de abrangência. Também foi criado um programa de incentivo fiscal para iniciativas privadas que aderirem à causa.

Para reforçar, alguns funcionários municipais irão desenvolver, em parceria com técnicos dos fundos Atmosférico e Hidráulico de Toronto, um programa de reconhecimento dos benefícios causados pela implantação do sistema para a energia, a qualidade do ar e o clima na cidade.

Os benefícios dessa técnica são muitos. Os Telhados Verdes melhoram as condições térmicas e acústicas da edificação, tanto no inverno como no verão. Estudos de bioclimatismo indicam que, com o uso de coberturas vivas, seja possível melhorar em 30% as condições de temperatura no interior da edificação, sem recorrer a sistemas de climatização ou ar condicionado artificiais.

Os telhados também ajudam a manter a umidade relativa do ar constante e formam um microclima no entorno da edificação. Em um estudo realizado pela Universidade de Ryerson, em Toronto, foi detectado que a cobertura vegetal de 8% dos telhados da cidade geraria uma economia de mais de $300 milhões em custos como manutenção pluvial, transbordamento de esgotos, contenção de energia e redução das ilhas de calor. Isso sem falar do aumento do verde nos grandes centros urbanos, o que traz mais harmonia, bem estar e beleza aos moradores da região.


Green Roofs no Brasil

Aqui no Brasil, o estudante de agronomia Marcos Victorino da Faculdade Cantareira, em São Paulo, desenvolveu um projeto que prevê o cultivo de plantas e legumes em telhas na laje das casas, na garagem ou no quintal. O objetivo do projeto, batizado de Plantando na Cidade, é mostrar que qualquer cantinho pode virar uma horta, incentivando a educação alimentar, promovendo a qualidade de vida e diminuindo as ilhas de calor das cidades.

Para Victorino, que está desenvolvendo outras técnicas de cultivo como hortas com rodinhas e uma barraca de camelô adaptada em estufa, "estas são idéias esdrúxulas que buscam soluções para o cotidiano". Ele ainda afirma que as pesquisas em agricultura no Brasil são voltadas somente para o meio rural. “Estamos tentando transferir técnicas para o ambiente urbano", garante.

Quem quer colocar a idéia em prática precisa contar com mão de obra especializada e infra-estrutura adequada para não sofrer com vazamentos, infiltrações, perda de plantas e de terra pela erosão ocasionada pela chuva, dentre outros problemas.

Também é importante observar a resistência da estrutura que irá receber o telhado, a sua impermeabilização, o desnível e a declividade da cobertura construída ou a ser construída. A manutenção costuma ser simples e pode ser feito por qualquer pessoa. Gostou da idéia? Então procure uma empresa especializada e ajude a melhorar o ambiente da sua casa e da sua cidade.

Fonte: Ecodesenvolvimento

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA TELHADOS VERDES EM TORONTO.
Legislação de Toronto para telhados verdes
Material educativo para Telhados Verdes
Especificações para Telhados Verdes na cidade de Toronto.
Programa de Incentivos para Telhados Verdes - Toronto

Contra ilhas de calor, Stuttgart tem 60% de cobertura verde

Mesmo em meio aos carros, o verde tem presença de destaque na cidade alemã/Foto: k.a.i.

Em Stuttgart, na Alemanha, nasceram grandes fábricas automobilísticas, como Mercedes-Benz, Porsche e Bosch. Mas se por um lado os automóveis são considerados um dos principais vilões do aquecimento global, em razão das emissões de gases-estufa, também é verdade que a cidade alemã é referência mundial no quesito sustentabilidade, pois alcança atualmente 60% de cobertura vegetal.

Stuttgart é uma cidade modelo quando o assunto é o combate às ilhas de calor. A prefeitura investe desde os anos 1980 em uma rede de cinturões verdes, nos quais o plano diretor proíbe edificações, que funcionam como "corredores" de vento. Mesmo fora dos cinturões, a malha verde abrange ruas, trilhos de trem, parques públicos, telhados de casas e edifícios. O principal objetivo é evitar a concentração de ar quente e de gases do efeito estufa.

Capital do Estado de Baden-Württemberg, no Sudoeste da Alemanha, a cidade tem cerca de 600 mil habitantes – na região metropolitana são 2,7 milhões. "Stuttgart fica em um vale; é rodeada por montanhas. Isso já dificulta naturalmente a circulação de ar, já que as serras formam barreiras que diminuem a velocidade dos ventos", explicou ao Estadão.com o climatologista Ulrich Reuter, responsável pelo Departamento de Climatologia Urbana da prefeitura de Stuttgart.

Os investimentos em corredores e áreas verdes começaram na década de 1930, quando a prefeitura começou a contratar meteorologistas para resolver o problema do aquecimento causado pela topografia. "O desenvolvimento urbano-industrial intensificou esse processo a partir da década de 1970. Desde então, uma série de mapeamentos e estudos desenvolvidos pelo nosso departamento culminou em um atlas climático, que teve sua nova edição publicada em 2008", afirmou Reuter.

Por meio do atlas, a prefeitura conseguiu identificar as áreas edificadas que mais atrapalham a circulação de ar, no intuito de estabelecer parâmetros legais para a conservação. "A lei ambiental protege 39% da área de Stuttgart, onde são proibidas novas construções. Temos 5 mil hectares de florestas, 65 mil árvores em parques e 35 mil nas ruas, 300 mil metros quadrados de telhados verdes e 32 quilômetros de trilhos de bonde onde, a partir de 2007, foi plantada grama", destacou Reuter. Mesmo assim, segundo o Departamento de Climatologia, 6% da superfície da cidade estão sujeitos a stress térmico, que leva à formação de ilhas de calor, por períodos de mais de 30 dias.

O case de Stuttgart é exemplo de ação preventiva para o superaquecimento e os efeitos das mudanças climáticas nas cidades. Kobe, no Japão, utiliza a metodologia do atlas climático da cidade alemã como referência para pensar corredores e áreas verdes.

Para a professora Maria Fernanda Lemos, do mestrado em Engenharia Urbana da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, o investimento em infraestrutura verde não pode ser pensado apenas sob o ponto de vista da cobertura vegetal, mas deve incluir aspectos de construção sustentável. "Você precisa usar uma série de estratégias, da vegetação ao revestimento de edifícios, por exemplo."

Fonte: Ecodesenvolvimento

Outras postagens sobre o tema no Blog
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Secretaria do Ambiente demole chalés de luxo construídos em APP de Lumiar, em Friburgo

Três chalés de luxo construídos irregularmente em área protegida de margem de córrego em Lumiar, distrito de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, foram demolidos hoje (23/02) em blitz ecológica da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA). Coordenada pelo secretário Carlos Minc, a operação teve por objetivo reprimir construções em Área de Proteção Permanente (APP), o que configura crime ambiental.

Os chalés foram construídos, em dezembro, a quatro metros do leito do Córrego dos Patos, afluente do Rio Bonito, em região da Área de Proteção Ambiental de Macaé de Cima. O proprietário José Isaías da Silva Guimarães responderá por crime ambiental e será obrigado a arcar com os custos da demolição e da retirada do entulho.

Promovida pela Cicca (Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais, órgão da SEA), a ação teve apoio de fiscais do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e de policiais do Batalhão Florestal da Polícia Militar. Com auxílio de tratores, a equipe de cerca de 20 fiscais demoliu três chalés que Guimarães começara a alugar para turistas interessados em passar a alta temporada na região.

Segundo o chefe da Cicca, José Maurício Padrone, de dezembro de 2009 até agora, o Inea enviou ao proprietário oito autos: dois de intimação, dois de notificação, dois de constatação e dois de infração. “O proprietário ignorou as advertências, prosseguiu com as obras de construção dos chalés e sequer pagou os dois autos de infração – um de R$12 mil e outro de R$1 mil. Como ele não atendeu, decidimos intervir”, afirmou Padrone.

Combate à impunidade ambiental

“Foi uma ação de combate à impunidade. O proprietário não tinha licença do município de Friburgo nem licença ambiental do Estado. Se houvesse uma tromba d´água na região, como aconteceu em janeiro em regiões próximas dali, ele seria uma das primeiras vítimas”, avaliou o secretário Carlos Minc.

Após as notificações, o proprietário José Isaías da Silva Guimarães entrou com requerimento junto ao Inea solicitando a legalização dos chalés. Mas pelo Código Florestal, a área não pode ser edificada por estar em uma APP, razão pela qual o Inea indeferiu o pedido.

A Procuradoria da SEA emitiu então parecer jurídico autorizando a “demolição administrativa dos chalés, já que ali é uma área não edificante e não havia moradores. “Não restou outra alternativa senão demolir”, afirmou Padrone. “Tivemos inclusive o apoio de moradores da região”, completou Minc.

Embora não tenha sido atingida, Lumiar fica próxima a regiões de Nova Friburgo devastadas pela força das chuvas que caíram em janeiro no município e também em Teresópolis e Petrópolis, o que demonstra a irresponsabilidade de se construir três chalés às margens de um córrego.

Assessoria de Comunicação - Secretaria Estadual do Ambiente-RJ

Conselho muda termos para se referir a pessoas com deficiência

Por Redação TN / Christina Machado, Agência Brasil

O Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência alterou o regimento interno para mudar a nomenclatura de alguns de seus termos. A resolução foi publicada hoje (22/2) no Diário Oficial da União. De acordo com a resolução, o termo "pessoas portadoras de deficiência" será substituído por "pessoas com deficiência". O nome da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República terá suprimido o termo "especial", ficando então Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

O secretário de Direitos Humanos será chamado de ministro-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência será Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. A Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência será Política Nacional para Inclusão da Pessoa com Deficiência.

Código Florestal: cientistas contra mudanças


Cientistas da SBPC e da Associação Brasileira de Ciência (ABC) sustentam que as alterações do Código Florestal previstas no substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ao Projeto de Lei 1876/99 serão desastrosas para a preservação ambiental no Brasil.

Além disso, atestam que essas alterações não são necessárias para melhorar a produtividade da agropecuária brasileira.

De acordo com o professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), Gerd Sparoveck, mesmo que o código atual seja integralmente cumprido, sobram 103 milhões de hectares de vegetação desprotegidos. Segundo ele, isso se deve ao fato de 294 milhões de hectares de vegetação nativa encontrar-se em propriedades privadas. Apenas 170 milhões de hectares estão em unidades de conservação e em terras indígenas.

O professor da Esalq Ricardo Rodrigues ressaltou que, mesmo com o respeito integral ao código, o proprietário rural ainda conta com 70% da propriedade para fazer o uso que quiser.

Margens de rios - O ponto mais criticado do substitutivo de Rebelo é a redução das áreas de preservação permanente (APP), principalmente nas margens de cursos d'água. O texto reduz a extensão de vegetação de 30 metros para 15 metros no caso de rios e córregos com até cinco metros de largura.

O professor Rodrigues ressalta que são exatamente esses rios menores que mais necessitam de proteção. "São eles que mais sofrem assoreamento e, por isso, precisam de mais proteção", sustenta. De acordo com ele, esses rios são responsáveis por quase 70% dos recursos hídricos do Brasil.

Já o professor da Unicamp, Carlos Alfredo Joly, ressaltou que a redução da cobertura nativa tanto em leitos de córregos e rios quanto em topos de morros e encostas pode levar à extinção uma série de espécies. "Com a mudança da área de preservação em margens de rio de até cinco metros de largura, metade dos anfíbios desapareceria", asssegurou.

Tratamento de água - O professor chamou a atenção também para a elevação dos custos com tratamento de água, devido ao aumento da contaminação. Segundo ele, hoje São Paulo gasta entre R$ 2 e R$ 3 para tratar mil metros cúbicos de água. "Com a contaminação por agrotóxicos, o custo sobe para um valor entre R$ 250 e R$ 300 pela mesma quantidade."

Os pesquisadores fazem parte de um grupo que se reuniu para estudar a proposta de Rebelo de alteração do Código Florestal e participaram do Seminário Código Florestal: Aspectos Jurídicos e Científicos, promovido ontem (22), pela Frente Parlamentar Ambientalista.

(Agência Ambiente Energia, com Agência Câmara)

Fonte: Jornal da Ciência

Quanto custa salvar o mundo? US$ 1,3 trilhão/ano

Pnuma sugere investimento de 2% do PIB mundial para economia verde

Escassez de recursos naturais, como a água potável, preocupa a ONU/Foto: Jeffrey Foxx/UN
Investir 2% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial em dez setores estratégicos significa dar um pontapé inicial rumo à uma economia de baixo carbono e erradicação da pobreza. A conclusão consta no relatório Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) nesta segunda-feira, 21 de fevereiro.

Apoiada por políticas nacionais e internacionais inovadoras, a soma, que atualmente correspondente a cerca de US$ 1,3 trilhão por ano, fomentaria o crescimento da economia global em níveis provavelmente superiores aos dos atuais modelos econômicos.

Os dez setores estratégicos apontados pelo Pnuma no documento são: agricultura, construções, suprimento de energia, pesca, florestas, indústria, turismo, transporte, manejo de lixo e água.

O relatório sugere um modelo econômico que evitaria riscos, choques, escassez e crises cada vez mais inerentes na atual economia de altas emissões de gases-estufa. Ao mesmo tempo, o documento contesta os mitos de que investimentos ambientais vão contra o crescimento econômico, trazendo à tona a má alocação de capital.

Desenvolvida por economistas e especialistas de diversas áreas, a publicação trata a economia verde como um tema relevante não apenas para as economias mais desenvolvidas, mas também como um catalisador-chave para o crescimento e erradicação da pobreza nas economias em desenvolvimento, nas quais, em alguns casos, cerca de 90% do PIB estão ligados à natureza ou a recursos naturais, tais como a água potável.

"A economia verde, conforme documentado e ilustrado no relatório do Pnuma, proporciona uma avaliação centrada e pragmática de como os países, as comunidades e as empresas iniciaram uma transição para um padrão mais sustentável de consumo e produção", afirmou Achim Steiner, subsecretário geral da ONU e diretor executivo do Pnuma.

Economia insustentável

Atualmente, o mundo gasta entre 1% e 2% do PIB global em uma série de subsídios que, geralmente, prolongam a insustentabilidade do uso de recursos como combustíveis fósseis, agricultura, água e pesca.

Grande parte dessas ações contribui para intensificar os danos ambientais e ampliar a ineficiência na economia global. Diminuí-las ou eliminá-las poderia gerar múltiplos benefícios no processo de liberação de recursos para financiar uma transição rumo à economia verde, defende o estudo.

Caso fosse uma realidade mundial, a economia verde contribuiria para o desenvolvimento e para o aumento da renda per capita refletida nos atuais modelos econômicos, além de também fomentar a redução da pegada ecológica em 50% até 2050.

Listamos para você outras conclusões importantes do estudo:

•Um investimento anual de cerca de 1,25% do PIB mundial em eficiência energética e energias renováveis poderia reduzir a demanda global por energia primária em 9% em 2020 e em 40% até 2050;

•A economia de capital e de gastos com combustível na geração de energia, sob o cenário da economia verde, seria de US$ 760 bilhões entre os anos de 2020 e 2050;

•Em uma economia de baixo carbono fica factível a diminuição das emissões de gases de efeito estufa para níveis muito mais seguros, de 450 partes por milhão até 2050.

Dos 2% do PIB propostos no relatório, os montantes investidos para o "esverdeamento por setor" incluiriam US$ 108 bilhões para a agricultura; US$ 134 bilhões para o setor imobiliário, por meio da melhoria da eficiência energética; mais de US$ 360 bilhões para o abastecimento de energia; quase 110 bilhões de dólares para a pesca, incluindo a redução de capacidade das frotas mundiais; US$ 15 bilhões para a silvicultura, o que ajudaria também no combate às alterações climáticas; US$ 75 bilhões para a indústria; US$ 135 bilhões para o setor de turismo; US$ 190 bilhões de para os transportes; US$ 110 bilhões para a gestão de resíduos, incluindo a reciclagem; e um montante semelhante para o setor da água, incluindo questões de saneamento.

“Os governos têm um papel central na mudança das leis e das políticas e no investimento de bens públicos para possibilitar a transição. Ao fazê-lo, podem também desbloquear os bilhões de dólares do capital privado em benefício de uma economia verde", destacou Pavan Sukhdev, economista sênior do Deutsche Bank e diretor da área de Economia Verde do Pnuma.


“A aplicação inadequada de capital está no centro dos atuais dilemas do mundo e há medidas rápidas que podem ser tomadas, começando, literalmente, hoje – desde a diminuição e eliminação dos mais de US$ 600 bilhões de subsídios globais para combustíveis fósseis ao reencaminhamento dos mais de US$ 20 bilhões de subsídios inadequadamente atribuídos a entidades envolvidas em atividades de pesca insustentável”, Pavan Sukhdev.

Relatório projeta a Rio+20

O relatório do Pnuma também destaca a importância da Rio+20, evento sobre desenvolvimento sustentável que será realizado em 2012 no Rio de Janeiro, 20 anos depois da ECO-92, também conhecida como Cúpula da Terra. “O mundo está de novo a Caminho do Rio, mas em um planeta muito diferente daquele da Cúpula da Terra que se realizou no Rio de Janeiro em 1992, comparou Achim Steiner.

“A Rio 2012 surge em um contexto de rápida redução de recursos naturais e de alterações ambientais aceleradas – desde a perda de recifes de corais e florestas à crescente escassez de terra produtiva; desde a necessidade urgente de fornecer alimento e combustível às economias até os prováveis impactos das alterações climáticas descontroladas”, alertou o diretor do Pnuma.


Faça o download do documento

Fonte: Ecodesenvolvimento

COMENTÁRIO DE AXEL GRAEL:

UM MUNDO SUSTENTÁVEL E QUE GARANTA O FUTURO DAS PRÓXIMAS GERAÇÕES É POSSÍVEL SIM. BASTA FAZER AS ESCOLHAS CERTAS E RAPIDAMENTE.

US$ 1,3 trilhão é muita coisa? É sim. É muito dinheiro. Mas, o valor corresponde aos gastos mundiais em armamentos no ano de 2007 (US$ 1,339 trilhão. Fonte: Folha de São Paulo). O mundo pode abrir mão das armas? Alguém pode dizer que não, isso não seria realista. E o mundo pode abrir mão do futuro? Isso é realista? Para mim é uma questão de escolha e eu sei muito bem onde eu prefiro que os recursos sejam alocados!!! Pense nisso.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Para comemorar: o novo governo do Pará quer reativar unidades do Projeto Navegar

Canoístas do Projeto Navegar de Soure, na Ilha do Marajó. Iniciativa do velejador Lars Grael, quando foi secretário Nacional de Esportes, a iniciativa (inspirada no Projeto Grael) sobrevive graças ao esforço de lideranças esportivas e comunitárias locais. Foto de Axel Grael.

Seel promove reunião com federações nesta sexta-feira
Da Redação. Agência Pará


A Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) vai coordenar uma reunião de trabalho que acontece nesta sexta-feira (18), a partir das 18h, na sede da Federação Paraense de Futebol. A expectativa é que quarenta representantes das federações compareçam ao evento. O secretário-adjunto da Seel, Christian Costa quer debater com as federações os novos modelos de gestão para o esporte no Pará, assim como as possíveis mudanças nas regras para indicações de atletas ao Programa Bolsa Talento, que atualmente mantém 135 nomes com custo mensal de R$ 180 mil.

"Queremos debater as mudanças em grupo. Cada federação terá seu momento para apresentar sugestões e idéias. Não temos nada definido ainda, vamos construir um nono modelo baseado na administração compartilhada", disse o secretário-adjunto, que deverá aproveitar o momento para anunciar os resultados do encontro realizado no Comitê Olímpico Brasileiro (COB), ocorrido na última quarta-feira (16), no Rio de Janeiro.

Além dos debates com as federações, a Seel também está finalizando os preparativos para o 11º baile de carnaval do projeto Vida Ativa na Terceira Idade, programado para o dia 3 de março no salão de festas da sede campestre da Assembleia Paraense, na avenida Almirante Barroso. A previsão é de que seis mil pessoas prestigiem o evento, já considerado um encontro tradicional das entidades que desenvolvem as políticas sociais de atenção à pessoa idosa. Durante o baile será eleita a Rainha das Rainhas do Carnaval da Melhor Idade.

A diretora de eventos da Seel, Ana Júlia Chermont, e o coordenador do projeto, professor Fernando Oliveira, promoveram uma reunião com representantes de clubes e entidades envolvidas no projeto, na tarde desta quinta-feira (17). A ideia é organizar um dos maiores bailes da história do projeto Vida Ativa, que além da prática esportiva, promove ações de interação social. "A reunião foi positiva e contou com a participação de 21 entidades que atendem os idosos de Belém, Castanhal, Colares, Barcarena, Marituba e Ananindeua", explicou Ana Júlia Chermont.

Mudança - Ainda na linha de mudanças, a Seel estuda um novo formato para administração do projeto Navegar, de prática de remo, vela e canoagem. A professora Suzete Montalvão quer repassar os barcos em sistema convênio para associações que trabalhem a filosofia do projeto, baseado no respeito ao meio ambiente e reforço escolar. As primeiras experiências já foram acordadas com o município de São Sebastião da Boa Vista, na ilha de Marajó, e com a colônia de pescadores da Baía do Sol, na ilha de Mosqueiro.

O projeto Navegar foi criado pelo iatista Lars Grael e fez muito sucesso nos rios paraenses. Antes de ser abandonado pela gestão passada, contava com seis núcleos de funcionamento nos municípios de Soure, Senador José Porfírio, Santarém, São Domingo do Capim e Tucuruí.
Ascom Seel

Fonte: Agência Pará

Mais um round na luta pela proteção de Abrolhos, uma das regiões mais vulneráveis do litoral brasileiro

Localização do arquipélago de Abrolhos, no litoral sul da Bahia: o mais significativo ambiente de coral do Atlântico Sul.

Paisagem de Abrolhos.


MPF tenta impedir exploração de petróleo na região do Parque Nacional Marinho de Abrolhos
 Presidente do TRF1 liberou exploração em um raio de 50 km


O Ministério Público Federal quer levar à Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região decisão que autorizou a exploração e produção de petróleo num raio de 50 km do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, na Bahia. Com o argumento de evitar grave lesão à ordem e economia públicas, o presidente do TRF1 acatou pedido da Petrobras e da Agência Nacional de Petróleo e suspendeu os efeitos de medida cautelar que protegia a região.
“Não é razoável que interesses econômicos de empresas públicas ou particulares se confundam com a ordem ou economia públicas, principalmente em face da importância ambiental do santuário de Abrolhos para o Atlântico Sul”, explica o procurador regional da República Marcelo Antônio Serra Azul no agravo regimental que pede a revisão da decisão.
Ele ressalta ainda que a decisão do TRF1 pode causar graves impactos ao meio ambiente, gerando prejuízos à biodiversidade e à comunidade mundial. A região de Abrolhos é considerada área de proteção e conservação ambiental, onde as baleias jubartes, espécie em extinção, se reproduzem e onde estão diversos espécimes de fauna e flora marinhas que só existem naquela região.
“Em questões ambientais temos sempre que respeitar o Princípio da Precaução, segundo o qual em caso de dúvida sobre o poder destrutivo e os impactos da ação sobre o ambiente deve-se tomar a decisão mais conservadora, evitando a ação”, acrescentou.
O agravo regimental aguarda agora a apreciação pelo TRF1.
Fonte: EcoDebate

Ipea alerta para desconhecimento da biodiversidade brasileira com risco às espécies

Técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) constataram, por meio da análise de estudos de variabilidade genética, que há, no Brasil, desconhecimento sobre as espécies e o meio ambiente em todas as regiões, o que afeta as possibilidades de preservação de animais e plantas, inclusive os mais ameaçados.


Os dados foram divulgados ontem (17) e fazem parte do Comunicado Ipea, Série Eixos do Desenvolvimento Brasileiro, intitulado Sustentabilidade Ambiental no Brasil: Biodiversidade, Economia e Bem-Estar Humano.

O Ipea reconhece que “o conhecimento e a conservação dos biomas brasileiros têm avançado bastante nos últimos anos”, conforme constatado no capítulo que traz o levantamento dos biomas brasileiros, onde há referência ao início recente do monitoramento por satélite do desmatamento no Cerrado e na Caatinga.

Em outro trecho da publicação, os técnicos, no entanto, constatam que há um profundo desconhecimento sobre genes e espécies, o que inviabiliza a proteção. “O fato é que aproximadamente 75% das espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção não são objeto de quaisquer medidas de manejo”.

Na conclusão, os técnicos sugerem que “o potencial da perda de biodiversidade seja considerado, efetivamente, no âmbito decisório, quando da implementação de políticas e ações, nas esferas pública e privada, de forma a evitá-la ou mitigá-la. Merecem destaque as obras de infraestrutura e o uso do solo para as chamadas atividades produtivas, por serem importantes vetores associados a essa perda”.

A pesquisa, no entanto, não calcula o valor do “capital natural” da biodiversidade sob ameaça em território brasileiro, porém compila a estimativa de estudos anteriores de que 30% dos fármacos disponíveis em todo o mundo derivam diretamente de fontes naturais.

A ignorância científica que afeta a atual produção de remédios, se associada ao problema de extinção de espécies, pode comprometer a cura de doenças, conforme registra a publicação. “Entre essas perdas, podem estar as chaves para a cura de doenças, o aumento da produção de alimentos e a resolução de muitos outros problemas que a humanidade já enfrenta ou enfrentará”.

Segundo os dados apresentados pelo Ipea, os estudos genéticos sobre as espécies estão concentrados na Amazônia e na Mata Atlântica, mesmo assim em quantidade insuficiente. Em todo o país, não há nenhum estudo genético sobre os genes de anfíbios ameaçados de extinção e apenas de 3% das aves. Sobre répteis, esses estudos não passam de 15% e, sobre mamíferos, de 22%.

“Isso dificulta o mapeamento da erosão genética”, aponta Nilo Luiz Saccaro Júnior, fazendo referência à perda de variabilidade genética, mecanismo importante para a perpetuação das espécies. A informação sobre a constituição genética das espécies é fundamental, por exemplo, em programas de defesa de espécies ameaçadas.

Os pesquisadores do Ipea ponderaram que os licenciamentos ambientais para obras de infraestrutura são concedidos sem que haja conhecimento total sobre animais, plantas e regiões afetadas. “Os EIA-Rima [Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental, usados para a concessão de licenças ambientais] são estudos rápidos. Apesar de ser o melhor disponível, não é [um tipo de estudo] completo”. Segundo o pesquisador do Ipea Albino Rodrigues Alvarez, os licenciamentos ambientais são feitos com base “no estado da arte do que se conhece”.

Leia a íntegra do Comunicado do Ipea nº 78: Genes e Espécies e Biomas Brasileiros
Veja os gráficos da apresentação do Comunicado do Ipea nº 78


Reportagem de Gilberto Costa, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 18/02/2011

Fonte: Ecodebate

A Cidade Cresce Para a Barra - um fantástico vídeo para a história do Rio de Janeiro



Este video é um fantástico registro de um tempo em que foi possível planejar proativamente a expansão da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Mostra a concepção do urbanista Lúcio Costa para a Barra da Tijuca. IMPERDÍVEL.

Lars Grael será palestrante em evento na Assembleia Legislativa de MG

Velejador Lars Grael

Semana terá últimos temas do Fórum Democrático a partir de terça

Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais - 18 de Fevereiro de 2011

A programação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na semana de 21 a 25, está centrada na segunda rodada do Fórum Democrático para o Desenvolvimento de Minas Gerais, que começou no dia 15 e prossegue até quinta-feira (24). Nesta semana estarão em evidência as palestras e debates, a partir desta terça-feira (22/2/11), sobre Governança Regional e Urbana, Saúde, Assistência Social, Direitos Humanos e Esporte e Juventude. Um dos destaques será a presença do medalhista olímpico de iatismo e membro da Comissão Nacional de Atletas do Comitê Olímpico Brasileiro Lars Grael.

O Fórum tem o objetivo de colher contribuições de especialistas, parlamentares e cidadãos para a construção de sua agenda institucional para a Assembleia nos próximos dois anos. Na semana passada foram debatidos cinco temas: Desenvolvimento Econômico e Inovação, Meio Ambiente, Educação, Cultura e Defesa Social. As inscrições continuam abertas, já que são feitas separadamente em cada tema, e podem ser efetivadas no portal da Assembleia (www.almg.gov.br) ou pessoalmente, no Centro de Atendimento ao Cidadão (Rua Rodrigues Caldas, 30), até o início da atividade de interesse do participante.

Debates temáticos - Primeiro tema da semana, a Governança Regional e Urbana, que começa às 14 horas de terça-feira (22), no Plenário, terá como um dos expositores o professor Clélio Campolina, reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Para ele, as transformações mundiais, sejam elas causadas por crises econômicas ou alterações geográficas, devem ser acompanhadas com atenção pelos gestores públicos. "É preciso estar atento às repercussões dessas mudanças mundiais no Brasil e em Minas, um Estado exportador de commodities, e também à linha de ação que devemos ter para nos preparar para o futuro", reforça o professor, especialista em economia regional e desenvolvimento econômico.

No painel sobre saúde, que se realiza na quarta-feira (23), às 9 horas, uma das expositoras é a pesquisadora Mônica Viegas, professora adjunta do departamento de Ciências Econômicas da UFMG. Segundo Viegas, que coordena o grupo de pesquisa em Economia da Saúde do CNPq, as deficiências da medicina preventiva e a falta de profissionais de saúde em áreas distantes dos grandes centros são duas prioridades a serem enfrentadas pelos governos.

No mesmo dia, às 14 horas, o Fórum aborda o tema da assistência social, tendo como expositora, entre outros, a diretora do Departamento de Gestão do Sistema Único de Assistência Social (Suas), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Simone Albuquerque. Para ela, um dos grandes desafios do fórum é encontrar formas de viabilizar financeiramente os serviços de assistência social nos menores municípios de Minas Gerais.

Na quinta-feira (23), a partir de 9 horas, os debates serão sobre direitos humanos. Um dos expositores é o desembargador Herbert Carneiro, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que defende a análise do tema de forma ampla no evento. Carneiro considera fundamental a discussão sobre os temas que refletem os direitos globais, como a promoção da paz, a livre determinação dos povos, a garantia a um meio ambiente sadio, o combate à tortura, a proteção às mulheres e crianças, entre outros.

À tarde, a partir de 14 horas, os debates serão sobre esporte e juventude, tendo como um dos expositores o diretor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG, Emerson Silami. Ele defende a melhoria das estruturas esportivas e o fomento ao esporte nas escolas e universidades como alguns dos pontos que deveriam estar no centro das discussões legislativas nos próximos anos. O medalhista olímpico Lars Grael também participará da mesma mesa.

Consultas - O Fórum Democrático foi precedido de três etapas de consultas, que tiveram o objetivo de gerar subsídios qualificados para enriquecer o evento e para dar sustentação à construção da agenda do Parlamento mineiro. As consultas foram feitas com os parlamentares da 16ª Legislatura, com especialistas nas dez áreas abordadas, e com a sociedade, por meio de consulta pública, que ficará aberta até o dia 28 de fevereiro. Para participar, basta acessar o hotsite do evento no site da ALMG. A realização do fórum faz parte do Direcionamento Estratégico, instrumento de planejamento formulado pela Casa para balizar sua atuação nos próximos dez anos.

Confira a programação da semana:

22/2/11 (terça-feira)

14 horas: Governança Regional e Urbana - expositores: reitor da Universidade Federal de Minas Gerais e Professor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, Clélio Campolina Diniz; presidente do Instituto de Mobilidade Sustentável - Rua Viva, João Luiz da Silva Dias; professora adjunta da Faculdade de Arquitetura da UFMG, Jupira Gomes de Mendonça.

15h15: Apresentação de sugestões e debate

23/2/11 (quarta-feira)

9 horas: Saúde - expositores: secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Marcelo Gouvêa Teixeira; professora adjunta do Departamento de Ciências Econômicas da UFMG e líder do grupo de pesquisa em Economia da Saúde e Criminalidade no CNPq, Mônica Viegas; consultor da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, José Maria Borges.

10h30: Apresentação de sugestões e debate

14 horas: Assistência Social - expositores: diretora do Departamento de Gestão do Sistema Único de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Simone Albuquerque; presidente do Conselho Estadual de Assistência Social, Geraldo Gonçalves de Oliveira Filho; gerente de informação, monitoramento e avaliação da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social de Belo Horizonte, Carla Andréa Ribeiro.

15h15: Apresentação de sugestões e debate

24/2/11 (quinta-feira)

9 horas: Direitos Humanos - expositores: desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Herbert Carneiro; membro da Coordenação do Fórum Mineiro de Direitos Humanos e do Comitê Mineiro de Educação em Direitos Humanos, Egídia Maria de Almeida Aiexe; advogada e especialista em Direitos Humanos e Segurança Pública, Márcia Maria de Paiva Borges Martini

10h15: Apresentação de sugestões e debate

14 horas: Esporte e Juventude - expositores: membro da Comissão Nacional de Atletas do Comitê Olímpico Brasileiro e ex-secretário da Juventude, Esporte e Lazer do Estado de São Paulo, Lars Grael; membro do Conselho Nacional de Juventude e ex-coordenador geral da Comunidade Empreendedores de Sonhos, Josbertini Virgínio Clementino; diretor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG, Emerson Silami; gerente de Lazer e Esportes da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, Antônio Muzzi.

15h15: Apresentação de sugestões e debate

Fonte: JusBrasil

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Futuro de baixo carbono demandará mudanças na infraestrutura das cidades e no campo



Significant changes to infrastructure are required for a low carbon future

In a low carbon economy, buildings and infrastructure will look and feel quite different from today's landscape

Any significant change in how an economy works has physical consequences. You can see it and touch it, often smell it too. Go back to an area you used to live in or know well, and you can read the economic changes which have taken place, in the shops which have opened or closed, the look of the houses, the amount of traffic on the roads. Think of any major economic transition, such as the industrial revolution, and you can visualise the factories, railways, and urban areas that were built.

In thinking now about "the good transition", the transition to a green economy in which we can live within the planet's limits, there is a physical aspect to this change, alongside the more abstract questions about how finance circulates and what requirements are written into company law.

What sorts of buildings and infrastructure would there be?

Probably the most visible consequence of such a transition in urban areas would be in the shift to decentralised, distributed, energy generation. Every building is potentially an energy source, particularly through solar energy (as in Freiberg, Germany). Along with that, though less visibly, would go a smart grid, an electricity grid designed to deal with decentralised generation, with millions of consumers who are also producers, therefore essentially a two-way grid rather than one simply leading from generator to consumers.

Along with a change in energy supply, there would be a change in transport systems. Parked cars would be plugged in to electricity sources. Spain is likely to see a million electric vehicles on the road 3 or 4 years from now. More areas would be car-free. New railway and light railway lines would be opened, in some cases reopening lines closed under the Beeching closures of the 1960s. March 15 this year marks the 50th anniversary of Dr Beeching taking charge of the railways: not a cause for celebration, though perhaps it should be marked in some way.

Advertising in its current form would be regarded as sending messages every bit as questionable and controversial as party political broadcasts, therefore needing to be balanced by a right of reply, funded by the advertisers, so that the dubious claims being made could be opened up to public scrutiny.

In rural areas, there would be a very visible change in the landscape, with more trees, valued amongst other reasons because of their capacity for storing carbon, and less land being taken up by livestock and the crops necessary to feed them. This shift in land use implies a shift in diet. Perhaps it will be carbon sequestration and land use change, rather than ethical concern about the principle of eating animals, which will drive change in eating habits.

Changes such as these would not turn the UK into a utopia. Far more would be needed to get anywhere near that. However these suggestions provide a flavour of what we would need to see around us in 10 or 20 years time if we took seriously in the near future the idea of moving off the business as usual trajectory. That trajectory is not only proving devastating to ecosystems worldwide, but also in the process destroying the foundations of economies, all of which are based in the final analysis on the most basic physical things we easily take for granted: plants, animals, metals, air, water, soil. Although economics is capable of very highly sophisticated abstractions, all of that is of little value if we do not concern ourselves with these basics.

Fonte: The Guardian

Americanos e europeus veem as mudanças climáticas de formas opostas

Why We Hate Global Warming

Gary Liberson


It's not that Americans don't believe in global warming, they are just afraid of what it means to their way of life. The potential economic consequences of climate change are so great in the US that people are willing to deny empirical evidence and make all forms of illogical statements to reject the fact that the earth is warming. Psychologists call this cognitive dissonance.


Europeans and Americans have polar opposite views of global warming. Polls show less than one-third of the US population believes climate change is a "serious problem" compared with a near supermajority of EU voters (31% vs. 63%). 87% of the EU considers global warming a serious problem! Americans rank it 21st in important issues for government while in the EU it is 2nd!

Why this bipolar perspective? There are two reasons why Europeans accept the significance of global warming:

•Not an Out of Sight Out of Mind Problem -- Unlike the US, Europeans see the empirical evidence of glaciers receding in their countries or know their governments are actively preparing for the potential damages (e.g., Netherlands, Venice, and Thames River project); and

•Burden on Industry NOT Individual - For Europeans the economic implications for mitigating global warming has a minimal (indirect) affect on their personal lives. Europeans always have been taxed to the bone for fuel, electricity, and automobiles for no other reason than increasing government revenues (e.g.,7.50 a gallon for gasoline). These higher prices have driven down consumption of the major sources of greenhouse gases -- cars and electricity. For the EU, the Kyoto Protocol was just placing controls and goals on Industry.

It is easy for voters to accept national policies that minimally affect their pocketbooks and lifestyle. For the US, the Kyoto Protocol, and thus global warming, was an assertion that we in the U.S. should wrap ourselves in sackcloth and ashes for our use of cars and electricity. Fighting global warming means a direct assault on pocketbook issues and our lifestyle.

Europeans can be accepting while preservation of our present way of life makes denial a healthy psychological defense against the potentially dire implications.

Yet, here is the perversity of our thinking. Name one hypothesized economic consequence from accepting the actions necessary to mitigate global warming that have not already happened. Gasoline is up 95% AFTER inflation since the Kyoto Protocol. The price of oil is now $100 a barrel, an increase of 300% since 1997. There is not a food commodity (or any commodity) that has not risen at a rate 5 to 10 times inflation. There really is no economic fear of accepting global warming because we are living the economic consequences without any planning by the government.

Fonte: Huffington Post

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Poluição do ar provoca aumento de chuvas fortes em áreas urbanizadas


O excesso de chuva em áreas urbanizadas pode ter efeitos dramáticos para as populações locais, como se vê todo verão em alguma região do Brasil. Dois novos estudos destacam que gases estufa produzidos pela industrialização têm aumentado significativamente a probabilidade de precipitação pesada e o risco de enchentes. As pesquisas, que reforçam a importância da contribuição humana em eventos hidrológicos extremos, tiveram seus resultados publicados na edição de hoje (17/2) da revista Nature.


Trabalhos anteriores haviam apontado que a influência antropogênica no aquecimento global podia ser responsável em parte pelo aumento nas chuvas. Entretanto, por causa da disponibilidade limitada de observações diárias, a maior parte dos estudos até hoje examinou apenas o potencial de mudanças na precipitação em comparações entre modelos climáticos.

Em um dos artigos agora publicados, Francis Zwiers, da Environment Canada, e colegas analisaram os índices de precipitação em áreas continentais no hemisfério Norte de 1951 a 1999. De acordo com os pesquisadores, os aumentos induzidos pelo homem na emissão de gases que causam o efeito estufa contribuíram para o aumento nos eventos de precipitação pesada observados em cerca de dois terços das áreas analisadas.

Os resultados foram baseados na comparação de mudanças observadas e simuladas em modelos da precipitação extrema na última metade do século 20. Mudanças na precipitação projetadas pelos modelos – e, consequentemente, os impactos de mudanças futuras na precipitação extrema – podem ter sido subestimadas porque os modelos aparentemente subestimam o aumento observado na precipitação por causa do aquecimento”, destacaram os autores.

No outro estudo, Pardeep Pall, da Universidade Oxford, e colegas centraram nas enchentes ocorridas no Reino Unido em outubro e novembro de 2000, o outono mais úmido na Inglaterra e no País de Gales desde 1766, quando os registros começaram a ser feitos. Os cientistas produziram milhares de simulações em computador para como deveria ter sido o tempo no período em questão, tanto em condições realísticas como caso não tivesse ocorrido qualquer emissão de gás estufa.

O resultado é que, de cada três casos, em dois as simulações indicaram que as emissões antropogênicas no século 20 aumentaram o risco de enchentes nos dois países em mais de 90%. Entretanto, os pesquisadores ressaltam que ainda não se conhece com exatidão a magnitude da contribuição humana aos eventos extremos e que mais estudos são necessários para aumentar o conhecimento no tema.

Os artigos Human contribution to more-intense precipitation extremes (doi:10.1038/nature09763), de Seung-Ki Min e outros, e Anthropogenic greenhouse gas contribution to flood risk in England and Wales in autumn 2000 (doi:10.1038/nature09762), de Pardeep Pall e outros, podem ser lidos por assinantes da Nature em http://www.nature.com/.

Fonte: TN Sustentável

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