segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sem controle, dívida da vela causa lamentos e já põe 2016 em risco

Débito com Governo bate R$ 100 milhões, impede novos patrocínios e ameaça evolução do esporte, que deu 16 medalhas olímpicas ao país

Além de ver a iminente saída da classe Star da agenda olímpica no Rio-2016, a vela brasileira tem outro motivo ainda mais contundente para se preocupar: a Confederação Brasileira da modalidade acumula cerca de R$ 100 milhões em dívidas, especialmente com o Governo, e vem enfrentando dificuldades para angariar novos acordos de patrocínio.

Ex-presidente da entidade, o iatista Lars Grael, duas vezes medalhista de bronze em Olimpíadas, lamentou o cenário e resumiu o que tentou fazer há quatro anos.

- É um capítulo triste da vela brasileira. Um esporte com 16 medalhas olímpicas (seis de ouro) está com uma inadimplência permanente. Quando assumi, em 2007, constatei a dívida e fomos nos reunir. O valor era exorbitante, não havia meios para saná-lo. No dia seguinte, convocamos uma assembleia geral para começar as intervenções - disse.

Carlos Martins, atual mandatário da Confederação Brasileira de Vela, lembrou que o Comitê Olímpico Brasileiro está tentando equacionar o problema, para que exista autonomia em busca de investimentos. Mas a situação não é simples.

- Esse suporte é muito pouco, o COB tem interesses prioritários, é normal. E a Confederação de Vela está ligada às classes brasileiras. Principalmente as iniciais, como a Optimist, a Laser e a 420 - explicou Aldévio Leão, secretário da classe Optimist.

Embora já haja uma pré-definição da equipe que vai a Londres, no ano que vem, e o Brasil siga como um dos grandes favoritos, com Robert Scheidt, Torben Grael, Marcelo Ferreira e companhia, para as Olimpíadas de 2016 as novas gerações já estão correndo riscos.

 
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