quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Comitê do Leste da Baía de Guanabara terá foco na escassez de água

A Baía de Guanabara na perspectiva do Leste.

Escassez de água é foco de comitê
Membros tomam posse no dia 9
Por: Elaine Chistofori 25/09/2011

Na última quinta-feira, o Comitê de Bacia da Baía de Guanabara realizou eleição para o recém criado subcomitê de Bacia do Trecho Leste da Baía de Guanabara. No cargo de coordenador foi eleito o presidente do Instituto Rio Carioca, Roberto Machado, e como vice-coordenadora foi eleita uma representante da concessionária Águas de Niterói, Cláudia Barros. A Prefeitura de Niterói está representada pelo técnico da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, Miguel Jorge, como secretário executivo. A posse será no dia 9 de novembro.

O principal objetivo do Subcomitê é agir no enfrentamento à escassez de água que pode ocorrer em Niterói e nos municípios do entorno, em função do crescimento da região, que está para receber o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí. Os municípios de Niterói, Itaboraí, São Gonçalo, Guapimirim, Magé, Cachoeiras de Macacu e Rio Bonito recebem água dos mesmos rios, no qual o principal é o Rio Macacu.

“A população está aumentando muito na Região Leste Fluminense e temos que nos preocupar com isso agora. A qualidade da água é boa e tem o tratamento adequado, o problema é o volume nos períodos de seca, quando o rio abaixa causando períodos de falta de água, como ocorreu em 2002 e 2007”, diz a presidente do Instituto Baía de Guanabara (IBG), Dora Negreiros.

Ao todo, seis membros integram a coordenação geral do Subcomitê, composta por dois representantes de cada setor (Usuários, Sociedade Civil e Estado). Os usuários são a Águas de Niterói e a Petrobras, a sociedade civil é representada pelo IBG e o Instituto Rio Carioca e o governo pela Secretaria Estadual de Abastecimento e Pesca do Rio de Janeiro e Prefeitura de Niterói, que já está desenvolvendo o primeiro projeto para apresentar ao colegiado – o mapeamento dos rios e nascentes da cidade.

“Estamos preparando uma agenda de reuniões para 2011 e 2012, o nosso primeiro passo é a reformulação do Plano de Bacias Hidrográficas para o Leste. Vamos identificar os problemas e propor soluções para aumentar e melhorar a qualidade dos recursos hídricos. O Estado do Rio é um dos menores recursos hídricos do Brasil, corresponde 2,3% do país. E podemos dizer que 70% disso está poluído ou comprometido com assoreamento e desmatamento”, afirma o novo coordenador do subcomitê de Bacia do Trecho Leste da Baía de Guanabara, Roberto Machado.

O déficit hídrico da cidade e dos outros sete municípios que possuem rios contribuintes – São Gonçalo, Itaboraí, Guapimirim, Magé, Cachoeiras de Macacu e Rio Bonito – já é uma realidade, constatada, inclusive, no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) produzido para a implantação do Comperj.

Fonte: O Fluminense

Um comentário:

  1. Em Rio Bonito os manaciais os principais mananciais utilizados pela CEDAE estão localizadas na Serra do Sambê. A Serra do Sambê sofre com queimadas e desmatamento para a produção de carvão, veja mais em http://limpezariomeriti.blogspot.com.br/2012/04/serra-do-sambe-rio-bonito-rj.html

    Newton Almeida - MEIO AMBIENTE RIO DE JANEIRO

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