terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Da arquibancada para o barco em dois anos

Martine e Isabel, no Rio Yacht Club, Niterói-RJ.

RIO - Há quatro anos, Martine Grael, filha de Torben, era menor de idade quando acompanhou a preparação e a conquista da medalha de bronze, em Pequim-2008, da dupla Isabel Swan/Fernanda Oliveira, na classe 470 do iatismo. A menina cresceu, está com 20 anos e é a atual parceira de Isabel, oito anos mais velha do que ela, na dupla favorita para representar o Brasil nas Olimpíadas de Londres-2012.


As duas conseguiram a vaga olímpica para o país com a sétima colocação no Mundial de Vela, realizado em Perth (Austrália). No entanto, ainda precisam ir bem num torneio em Búzios ou em Mallorca (Espanha) para garantir que irão para a capital inglesa.

- A seletiva nacional funciona numa melhor de três torneios. Eu e Martine largamos na frente com resultado em Perth. Se vencermos em Búzios, que acontecerá no início de fevereiro, estaremos classificadas - explica Isabel. - Mas, se outra dupla for melhor, a vaga será decidida em março, na Espanha.

Apesar da diferença de idade, Isabel lembra que costumava ver Martine, ainda criança, correndo de um lado para o outro do Rio Yatch Club, em Niterói. Depois, passou a acompanhar o desempenho da adolescente em algumas competições. E gostou do que viu.

- Fiz um convite para Martine há dois anos, de olho em Londres-2012 e na Rio-2016. Ela disputava a 420, com um barco menor, e subiu de classe comigo - lembra Isabel.

Já as lembranças de Martine Grael são um pouco diferentes. Em 2007, ela acompanhava o iatismo brasileiro ao lado da família de Isabel.

- Vi tudo. Desde a classificação olímpica, a um ano de Pequim-2008, até a conquista da medalha de bronze. O engraçado é que antes estava na torcida com uma tia de Isabel, a Cacau. Mas agora vou ter que deixá-la na arquibancada, já que vou estar no barco - conta Martine, que prefere não falar em Londres, antes de passar pela seletiva nacional.

Filha de Torben aprendeu a velejar com a mãe

Filha de um dos maiores nomes da vela brasileira e mundial, Martine conta que nunca acompanhou o pai em Olímpíadas. E que aprendeu a velejar com a mãe.

- Durante os Jogos, os atletas ficam na Vila Olímpica. Portanto, nunca fui junto com meu pai. Quem me ensinou a velejar mesmo foi minha mãe, Andrea Grael - revela Martine. - Ela era uma excelente velejadora e só não disputou as Olimpíadas porque faltava apoio para o esporte em sua época.

Além da 470 feminina, o Brasil está classificado em mais seis classes. No masculino, estas são: Star (dois atletas); RS:X (um); Laser Standard (um); e Finn (um). No feminino: RS:X (um); e Laser Radial (um).

Fonte: O Globo, 27/12/11

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