sábado, 14 de setembro de 2013

Aterros sanitários de Itaboraí, São Gonçalo, Belford Roxo e Seropédica terão tratamento de chorume


Ao participar de conferência de meio ambiente, secretário Carlos Minc anunciou também inauguração de Polo de Reciclagem de Gramacho

Ao participar hoje (5/9) da cerimônia de abertura da I Conferência Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, no auditório da Fundação Riozoo, em São Cristóvão, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou que os aterros sanitários de Itaboraí, São Gonçalo, Belford Roxo e Seropédica, na Região Metropolitana do Rio, terão estações de tratamento de chorume (ETC).
 
Segundo Minc, a expectativa é de que as ETCs sejam construídas entre janeiro e março do ano que vem.
 
 Ao fazer um balanço das ações ambientais do Governo do Estado para dar correta destinação final aos resíduos sólidos – com a erradicação dos lixões e  a construção de aterros sanitários e o incentivo à coleta seletiva -, o secretário Carlos Minc também anunciou a inauguração, prevista para  outubro, do Polo de Reciclagem de Gramacho, que deverá absorver cerca de 400 catadores de material reciclável.
 
“Os catadores irão trabalhar em atividades de reciclagem de lixo que agreguem valor ao produto, como, por exemplo, no uso de moinho de garrafas PET e compactador. A nossa expectativa é de que, já no início de novembro, o Polo de Reciclagem de Gramacho esteja recebendo o lixo reciclável da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) e também os resíduos da coleta seletiva do Município de Duque de Caxias”, afirmou.
 
Minc disse ainda que a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) quer ampliar o bem-sucedido Programa de Reaproveitamento de Óleo Vegetal (Prove), que, só no ano passado, coletou cerca de seis milhões de litros de óleo de cozinha usado.
 
“Vamos distribuir 35 mil funis com o símbolo do Prove para a população. O objetivo é lembrar às pessoas para coletarem seu óleo de cozinha usado. Nós também vamos lançar, em vários supermercados, a Campanha Consumo Consciente, envolvendo poder público, sociedade e iniciativa privada”, destacou.
 
 Segundo o secretário, apesar do Rio de Janeiro ter acabado com os lixões, o Estado precisa avançar em coleta seletiva:
 
“Para isso, estamos apoiando os municípios fluminenses na implantação de programas de coleta seletiva que já chegaram a 60 cidades. Além disso, através do nosso Programa Catadores e Catadoras em Redes Solidárias, estamos apoiando a inclusão socioeconômica de catadores de material reciclável em 41 municípios do Estado do Rio de Janeiro. Desta forma, somando estas duas iniciativas a outras ações nossas que visam a promover e a estimular a cadeia de reciclagem de resíduos sólidos no estado, queremos alcançar a meta  de chegar a 10% dos índices de reciclagem de lixo até o final de 2014”, disse.
 
CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
 
 Representando a ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a presidente do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Samyra Crespo, disse que a expectativa do Governo Federal é de que a Conferência de Meio Ambiente, que debaterá o tema Resíduos Sólidos, seja a mais expressiva dos últimos tempos. Segundo ela, mais de 3.000 mil municípios brasileiros estão realizando suas conferências municipais de meio ambiente, e que, pela primeira vez, o setor empresarial tem se mostrado bastante engajado em uma conferência de meio ambiente.
 
“A política de resíduos sólidos é, dentro da política ambiental do Governo Federal, a mais revolucionária, porque ela vem para pactuar com a sociedade um novo modo de consumir, descartar e dar destinação final correta ao lixo”, afirmou.
 
 O secretário municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Muniz, falou sobre o Plano Estratégico do Rio de Janeiro 2013/2016 e suas metas na área ambiental, como a ampliação da coleta seletiva no município. Segundo ele, a meta é chegar à coleta de 25% de todo o lixo reciclável até 2016:
 
“Queremos ampliar a coleta seletiva no Rio de Janeiro. A nossa expectativa é chegar a 5% nos índices de coleta seletiva até o final de 2013, integrando as cooperativas de catadores de material reciclável, e a 25% até 2016”, explicou Muniz.
 
O catador Leonardo Batista, da  Federação das Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis do Rio de Janeiro (Febracom), que representou os catadores de material reciclável na solenidade de abertura da conferência municipal, disse que a categoria espera que a Conferência de Meio Ambiente seja também uma referência.
 
“A gente espera que esse encontro não fique só na teoria e que, o que está sendo proposto, seja colocado realmente em prática, para beneficiar o catador de material reciclável, através da qualificação, na estruturação das cooperativas e em outras ações que valorizem o catador, que é uma figura muito importante na cadeia da reciclagem. Além da coleta de material reciclável sólidos, gostaria de destacar o Programa de Reaproveitamento de Óleo Vegetal (Prove), do Governo do Estado, que inseriu o catador em outro cenário no mercado da reciclagem, que é o da coleta de óleo de cozinha usado”, disse Batista, que é catador há 14 anos.
 
A conferência municipal tem como objetivo contribuir para a implementação no Rio da Política Nacional de Resíduos Sólidos, debatendo, prioritariamente, a política de redução dos impactos das mudanças climáticas e o incentivo à produção e ao consumo sustentáveis.
 
O encontro de hoje foi uma preparação para as conferências Estadual de Meio ambiente, a ser realizada de 13 a 15 de setembro, na Cidade do Rio de Janeiro, e Nacional de Meio Ambiente, a ser promovida de 24 a 27 de outubro, em Brasília.

Fonte: SEA

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