terça-feira, 15 de outubro de 2013

Reserva Extrativista Marinha de Itaipu é alvo de blitz ecológica




A recém-criada Reserva Extrativista Marinha de Itaipu (Resex Itaipu), na Região Oceânica de Niterói, foi palco hoje (15/10) de blitz ecológica da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), para reprimir a pesca predatória. Ninguém foi preso, mas a operação continuará a ser realizada rotineiramente na região.

Com o objetivo de garantir a proteção de pescadores artesanais e a exploração sustentável e a conservação dos recursos naturais renováveis, a ação de fiscalização contou com o apoio de agentes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Capitania dos Portos.

Embora não tenham sido flagradas atividades ilegais, o chefe da Cicca, coronel José Maurício Padrone, destacou que as operações serão realizadas constantemente:

“O objetivo é afastar as traineiras que fazem uma verdadeira rede de barcos, capturando os peixes antes de chegarem à praia. Antes da criação da Resex Itaipu, era comum flagrarmos embarcações oriundas principalmente de São Paulo e de Santa Catarina, pescando próximos da costa e de maneira ilegal”, afirmou Padrone.

Criada em 30 de setembro, a Reserva Extrativista Marinha de Itaipu, com cerca de 3.950 hectares, abrange áreas marinhas de Itacoatiara, Itaipu, Camboinhas, Piratininga e o espelho d’água da Lagoa de Itaipu.

O processo de criação da Resex Itaipu partiu da demanda da população extrativista de pescadores artesanais e tradicionais da região, que vêm discutindo sua criação desde 1989. Para garantir transparência e participação no processo de criação, ao longo do tempo foram realizadas reuniões e oficinas com pescadores da região, bem como com diversas instituições públicas e organizações da sociedade civil organizada. Em julho passado, foi promovida uma consulta pública.

Segundo o secretário do Ambiente, Carlos Minc, a criação da Resex Itaipu deve ser considerada como uma política pública diferenciada para os pescadores artesanais, que enfrentam disputa desigual pelo acesso aos recursos naturais renováveis. Afinal, os barcos de pesca industrial, vindos de diversas partes do litoral brasileiro, são motorizados e equipados com sistema de localização de cardumes com sonares e radares.

O chefe da Resex Itaipu, Clarismundo Benfica, disse que já está sendo nomeado o conselho deliberativo que fará o gerenciamento da unidade de conservação, integrado por membros de associações, colônias de pescadores e universidades, entre outros.

Fonte: INEA

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