quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Limpeza da baía de Guanabara é alvo de preocupação entre atletas


Torben Grael é um fervoroso crítico da poluição da Baía da Guanabara, que será palco da disputa da Vela nos Jogos. Foto: Divulgação/Cob

Os velejadores Torben Grael e Jorge Zarif desejam que local onde serão realizadas as competições de vela seja ‘transformado a tempo para a realização das Olimpíadas 2016

A poluição da Baía de Guanabara, onde serão disputadas as competições de vela nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016, é um dos principais problemas enfrentados pela organização do evento. Depois de ouvir críticas de velejadores estrangeiros sobre as condições encontradas, Jorge Zarif e Torben Grael esperam que ações sejam tomadas e a limpeza do local acabe como um dos legados das Olimpíadas.

Como o processo para limpeza completa do local é demorado e exige grande investimento, a expectativa dos velejadores é que a organização dos Jogos do Rio-2016 promova ações emergenciais antes do evento para deixar a Baía de Guanabara com condições de competição.

“São 150 e poucos córregos que desembocam na Baía de Guanabara, então não é um trabalho do dia para a noite. Mas como brasileiro, torço para que seja feito o que prometeram. Muito se fala de legado e um legal que o Rio poderia ter é a limpeza da Baía de Guanabara”, afirmou Jorge Zarif, campeão mundial da classe Finn.

As críticas à poluição do local se intensificaram nos últimos meses, quando velejadores estrangeiros começaram a viajar ao Brasil para treinar na raia olímpica. Como as condições locais têm papel importante no desempenho dos velejadores, é comum atletas treinarem onde serão realizadas as principais competições do mundo com meses ou anos de antecedência.

Os velejadores brasileiros, no entanto, convivem com problema há anos e já fizeram campanhas pela despoluição. Nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro-2007, por exemplo, a organização do evento tentou resolver a questão nos dias de competição recolhendo parte da sujeira com redes.

“Ainda não temos os recursos para fazer todas as ações que gostaríamos, isso depende de patrocinadores ou convênios. Mas é um problema sério que a gente espera que seja encarado de forma séria porque falta pouco tempo parra os Jogos. Os atletas de fora estão reclamando bastante, a gente sabia que isso aconteceria e por isso vem chamando a atenção ao problema há bastante tempo”, disse Torben, maior medalhista olímpico brasileiro ao lado de Robert Scheidt.

A vela é o segundo esporte que mais deu medalhas ao Brasil na história das Olimpíadas, 17. Até o início dos Jogos de Londres-2012, a modalidade figurava na primeira colocação da lista, mas acabou ultrapassada pelo judô, que já levou 19 atletas brasileiros ao pódio.

Fonte: O Fluminense

 

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