sábado, 10 de maio de 2014

Despoluição da Baía de Guanabara sofre com descontinuidade




Descontinuidade. Este foi o principal problema do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG). Desde 1992, com o programa, até o ano passado, já foram investidos mais de US$ 1 bilhão e o resultado ainda deixa a desejar. O programa só conseguiu despoluir cerca de 40% da baía, mas a meta é chegar a 2016 com cerca de 60%, conforme disse ao MONITOR MERCANTIL nesta sexta-feira o coordenador-executivo do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara da Secretaria Estadual do Ambiente, Gelson Serva, ressaltando que para terminar a limpeza da Baía de Guanabara serão necessários investimentos da ordem de US$ 4 bilhões.

Serva, que participou da abertura do seminário “A Baía de Guanabara e as Olimpíadas de 2016”, realizado na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), frisou que o PDBG começou tratando 10% e chegou a 207 com 17%.

- Hoje, estamos com cerca de 40% do esgoto tratado, porque houve a conclusão de várias obras nas estações de tratamento - disse, acrescentando que o grande desafio do programa diz respeito à coleta e tratamento em toda a Região Metropolitana, onde vivem cerca de 5 milhões de pessoas que não têm o serviço em suas áreas: “é uma região muito adensada com problemas de habitação muito grande.”

O coordenador-executivo lembrou que o PDBG acabou em 2006. Infelizmente, segundo ele, faltou continuidade uma vez que houve sérios problemas de gestão no programa estruturado. Quando Sérgio Cabral (PMDB-RJ) assumiu o Governo do Estado do Rio em 2007, a Secretaria de Ambiente tratou de colocar recursos do Fecam (royalties) para a conclusão das obras.

- Desde 2007 até 2013 são investidos por ano cerca de R$ 100 milhões para o saneamento da Baía de Guanabara. Com isso, a Estação de Alegria foi concluída, alguns troncos ligando também foram concluídos. Mas o programa não pode avançar apenas com recursos do Fecan - disse, enfatizando que o local em que ocorrerão as competições aquáticas dos Jogos Olímpicos que serão feitas na Baía não tem problema, pois ocorrerá na entrada onde ocorre a troca de água com o Oceano Atlântico: “há quatro anos que o Inea [Instituto Estadual do Ambiente] faz o acompanhamento da água e os índices de coliforme estão muito abaixo do padrão limite estabelecido pelo Conama [Conselho Nacional do Meio Ambiente]. O grande desafio é resolver o problema com a descarga de esgoto da Marina da Glória e na Enseada de Botafogo porque haverá um grande tráfego de embarcações.”

Fonte: Monitor Mercantil


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Um comentário:

  1. Tudo é uma questão de ter paciência, as pessoas querem tudo na hora, certos assuntos são mais priorizados, até porque isso demora...

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