sábado, 26 de julho de 2014

Mapa de Ameaças Naturais, um aliado para evitar novas tragédias


Estudo da Defesa Civil lista principais fragilidades dos 92 municípios do estado

por Fábio Vasconcelos

O Vale do Cuiabá, em Petrópolis: arrasado na enxurrada de 2011 - Pedro Kirilos / O Globo


RIO - A pouco mais de cinco meses para o início do período de chuvas, um estudo feito pela Defesa Civil do estado pode ajudar as prefeituras a evitar novas tragédias, como a ocorrida na Região Serrana, em 2011, quando mais de 900 pessoas morreram em consequências de um forte temporal. O Mapa de Ameaças Naturais, que será lançado na próxima semana, classifica os principais problemas nas 92 cidades do estado, segundo a percepção dos responsáveis pelas unidades de defesas civis locais. Os deslizamentos (18%), seguidos de inundações (17,8%), alagamentos (14%), enxurradas (11,7%) e incêndios florestais (8,3%) foram apontados com as cinco mais importantes ameaças.

Com o estudo foi possível mapear os problemas por região do estado. A Serra lidera com o maior número de citações com relação a deslizamentos e inundações. Esta é a segunda versão do Mapa de Ameaças (o anterior é de 2012), mas essa é considerada a mais completa pois, pela primeira vez, o estudo obteve respostas dos 92 municípios do estado, contra 84 do primeiro levantamento. A partir da análise, a Defesa Civil iniciará, em agosto, o treinamento das equipes de Defesa Civil de todos os municípios. O objetivo é ensinar a preparar planos de contingência levando em conta as ameaças naturais identificadas em cada cidade.

— Chegamos a 460 ameaças naturais citadas pelos 92 municípios. A partir daí, produzimos os percentuais organizando os rankings das principais ameaças. Isso permitiu identificar as diferenças por região. Queremos chegar em novembro com os planos de contingência prontos, ou seja, um mês antes do início das chuvas — diz o tenente-coronel Paulo Renato Vaz, diretor da Escola de Defesa Civil do estado.

Com relação ao estudo de 2012 a nova versão do mapa não apresenta muita diferença na ordem dos principais problemas, apesar da troca de prefeitos e secretários de Defesa Civil. Esse dado, segundo Vaz, demonstra que o método de identificação das ameças é preciso. A única mudança foi a inclusão da ameaça “chuvas intensas” que não aparecia no estudo de 2012 e agora surgiu como o oitavo maior risco. Já a ameça “corrida de massa-solo, lama ou rocha”, que aparecia na 10ª posição, agora ocupa a 9ª maior ameaça.


Fonte: O Globo





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