sábado, 2 de janeiro de 2016

ILHA DAS FLORES - Um marco da imigração no Brasil


Comentário Axel Grael:

ILHA DAS FLORES, PRIMEIRA PARADA DE HELENE SCHMIDT NO BRASIL

A preservação do patrimônio arquitetônico e a memória da hospedaria de imigrantes da Ilha das Flores, na Baía de Guanabara, em São Gonçalo, é uma forma de homenagear milhares de famílias cujos antepassados por lá passaram.

A Ilha das Flores recebeu homens, mulheres, famílias, que aqui chegaram às vezes fracos e doentes da viagem ou das dificuldades de suas terras natais, mas cheias de sonhos, incertezas e com pouca informação sobre o que teriam pela frente. Na Ilha das Flores encontravam a primeira acolhida, recebiam documentos e, quando não tinham para onde ir, recebiam apoio da equipe local.


Helene Schmidt. Foto do acervo da família.


Foi o caso da minha avó materna Helene Schmidt, que chegou ao Brasil em 1922, desacompanhada e com apenas 17 anos. Ainda com o nome de solteira - Helene Margrete Jelinski, original da pequena cidade de Lyck, na Prússia Oriental (a cidade hoje está na Polônia), de onde mudou-se com a família para Hannover, veio para o Brasil desiludida com os problemas da Alemanha do Pós-Guerra.

Ficou pouco tempo na Ilha, pois já tinha um oferecimento de emprego obtido a bordo do navio que a trouxe da Alemanha. Minha avó Helene me contou que o local era organizado, "com uma disciplina bem militar", que foi bem acolhida, mas que lá teve a primeira experiência com a burocracia brasileira. Nada que lhe tirasse o ânimo com a terra que escolheu para passar o resto de sua vida.

Saiba mais sobre a história de Helene Schmidt em Helene Schmidt e os Imigrantes na Ilha das Flores, na Baía de Guanabara.

Axel Grael


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UM MARCO DA IMIGRAÇÃO NO BRASIL


Em mais de 80 anos, hospedaria na Ilha das Flores recebeu imigrantes portugueses, espanhóis, italianos, russos, poloneses, entre outros.
Foto: Clarice Castro/Palácio Guanabara

 
Centro de Memória da Ilha das Flores, em São Gonçalo, funciona como museu a céu aberto

Marco da imigração no Brasil, a Ilha das Flores, em São Gonçalo, foi certificada como equipamento de interesse turístico para o Estado do Rio de Janeiro. Em mais de 80 anos (1883-1966), a hospedaria recebeu portugueses, espanhóis, italianos, alemães, austríacos, russos, poloneses, árabes e judeus, entre outros grupos.

O local também abrigou migrantes nacionais e funcionou como prisão militar e política em diversos momentos. Durante a primeira década de funcionamento, recebeu centenas de milhares de europeus. Foi o local de maior entrada de imigrantes, nesse período.

O Centro de Memória da Imigração da Ilha das Flores foi criado em 2012, por uma parceria entre a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e a Marinha do Brasil com o patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Janeiro (Faperj).

A área, que funciona como um museu a céu aberto, é um marco na história da imigração e migração do país, já que serviu como local de passagem dos estrangeiros que chegavam ao Brasil entre o final do século XIX e o início do XX, antes destes se mudarem para outras regiões, como Sul e Norte, interior de São Paulo e cidades serranas do Rio.

O espaço possui totens explicativos e conta com guias que relatam algumas das histórias marcantes de vida dos que passaram por ali, bem como detalhes do importante conjunto arquitetônico.


Visitas são gratuitas e devem ser agendadas com antecedência
Foto: Clarice Castro/Palácio Guanabara
 

É possível conhecer por fora os alojamentos que recebiam temporariamente os imigrantes e migrantes, o cais em que aportavam as embarcações, os locais de convivência e as áreas de serviço.

A estimativa é de que mais de 500 mil pessoas passaram pela hospedaria da Ilha das Flores.

Apenas a partir de 1971 a ilha passou a ser sede do Comando da Tropa de Reforço do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha, que preserva a instalação cultural.

No início de novembro passado, com a assinatura do protocolo de cooperação com o Museu Nacional da Imigração Ellis Island, de Nova York, o Museu de Imigração da Ilha das Flores entrou oficialmente para o circuito internacional de instituições destinadas ao tema da imigração.

Visitação aberta – As visitas ao Centro de Memória de Imigração da Ilha das Flores, em São Gonçalo, são gratuitas e devem ser agendadas no site www.hospedariailhadasflores.com.br

Fonte: O Fluminense


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