terça-feira, 23 de agosto de 2016

NITERÓI E INEA VÃO CELEBRAR OS 85 ANOS DA MAIS ANTIGA ÁREA PROTEGIDA DO BRASIL




CERCAMENTO DA DUNA GRANDE EM ITAIPU FOI CONCLUÍDA. A iniciativa de cercamento é para garantir a integridade do ecossistema e do patrimônio arqueológico da duna grande, tombado pelo Patrimônio Histórico por se constituir num sambaqui que abrigou culturas pré-históricas e hoje é protegido pelo Parque Estadual da Serra da Tiririca. A iniciativa do cercamento é da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade de Niterói (SMARHS).


PREFEITURA DE NITERÓI E INEA FIRMARÃO PARCERIA PARA CELEBRAR OS 85 ANOS DA MAIS ANTIGA ÁREA PROTEGIDA MUNICIPAL DO BRASIL E OS 55 ANOS DO RECONHECIMENTO DA DUNA GRANDE COMO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO NACIONAL

Poucas pessoas sabem mas, há exatos 84 anos, em 1932, foi criado por decreto, na planície arenosa de Itaipú, a mais antiga área protegida municipal do Brasil, a Reserva Biológica de Goethea, com 10 ha. A Reserva jamais foi implantada, mas foi resgatada em 2008, quando o INEA decidiu incorporar a Duna Grande e os terrenos a sua volta ao Parque Estadual da Serra da Tiririca, atendendo o pleito de diversas ONGs niteroienses.

A Reserva Biológica de Goethea foi criada por um decreto de 1932, sendo portanto a mais antiga área protegida municipal do Brasil, mas nunca foi implantada.


A Reserva Biológica de Goethea foi redescoberta em 1992, pelos ambientalistas Omar Serrano e Paulo Bidegain, do então Movimento Cidadania Ecológica (MCE). Eles encontraram o decreto de criação no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro de 23 de março de 1932, que a época publicava os atos das Prefeituras. O mapa com os limites jamais foi encontrado, mas os indícios mostram que certamente a reserva abarcava os terrenos a volta da duna, e muito, provavelmente, a própria duna. 

Além de monumento natural e formação rochosa, a Duna Grande é reconhecida oficialmente como sitio arqueológico de importância nacional. O sítio Duna Grande foi descoberto em 1962 por uma equipe do Instituto Brasileiro de Arqueologia (IAB), sendo posteriormente registrado no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), órgão federal responsável pela gestão do patrimônio histórico. Com o registro no IPHAN, a partir de 1962 a Duna Grande passou a ser protegida pela Lei Federal 3.924, que trata dos monumentos arqueológicos e pré-históricos. Para comemorar a data de seu cinquentenário, em 1987, o IPHAN proclamou a Duna Grande como monumento símbolo da arqueologia nacional. Em 2008, o Parque Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET) foi ampliado, incorporando a Duna Grande, que passou a constituir uma de suas principais atrações naturais e históricas.

O sítio Duna Grande foi descoberto em 1962 por uma equipe do Instituto Brasileiro de Arqueologia (IAB), sendo posteriormente registrado no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). (...) em 1987, o IPHAN proclamou a Duna Grande como monumento símbolo da arqueologia nacional.


- “A duna é uma das jóias do PESET. Ela é muito frágil, as pessoas caminhavam em cima dela erodindo-a, pisoteando a vegetação. E para piorar havia roubo frequente de material arquelógico. Como a duna esta no PESET, a gestão é nossa responsabilidade. A Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura nos procurou para ajudar e, juntos, buscamos o IPHAN para somar a parceria. Vamos recolocar a Duna Grande na posição de importância que ela merece”, afirmou Jonathas Ferrarez, chefe do Parque.

Para celebrar os 85 anos da mais antiga área protegida do Brasil e os 55 anos do reconhecimento da Duna Grande como patrimônio arqueológico nacional, que ocorrerá em 2017, a Prefeitura de Niterói e o INEA firmarão uma parceria para cercá-la, sinalizá-la e oferecer, no ano que vem, passeios guiados no entorno da duna. A parceria incluirá também a remoção de lixo e de espécies exóticas e o plantio de nativas típicas de restinga em regime de mutirão.   

- A Duna Grande é um dos principais símbolos de Niterói e um ícone da arqueologia brasileira. Ela guarda vestígios do Povo do Sambaqui, que viveu em Itaipu entre 8 e 1,5 mil anos atrás, ou seja, viveram lá nas menos que por 6,5 mil anos. Muito mais que nós, que estamos aqui há 450 anos. Vamos ajudar o Parque a contar esta história, celebrando nosso passado. Junto com o INEA vamos proteger a Duna e recuperar o entorno, preparando-a para grande celebração em 2017.

Axel Grael



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