domingo, 18 de março de 2018

Parceria entre PROJETO GRAEL e UFF para ensino e pesquisa na Baía de Guanabara



"Fuzzarca", barco do Projeto Grael que será utilizado no projeto Barco Escola, em parceria com a UFF.

Grupo de alunos do Projeto Grael que participou da reforma do barco para prepara-lo para o projeto Barco Escola.

Ingrid Schmidt, mãe de Axel, Torben e Lars, no batismo do Fuzzarca, em 2008.

Aluna do Projeto Grael trabalhando na reforma do Fuzzarca.

Atividade no Projeto Grael. Foto: Evelen Gouvêa



Carolina Ribeiro

Projeto Barco Escola será retomado nesta terça-feira para atender estudantes das escolas públicas da região

O projeto Barco Escola, desenvolvido pelo curso de Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente da Universidade Federal Fluminense (UFF), agora em parceria com o Projeto Grael, volta a atuar nesta terça-feira (20). O objetivo é incentivar alunos das escolas públicas a cursarem uma universidade. As aulas são ministradas pelos universitários, que falam sobre meio ambiente e geração de energia. As atividades acontecem dentro da escola, na universidade e também a bordo de um barco.

O projeto começou em 2014, mas por falta de verba e estrutura de embarcação, voltou aos planos só no ano passado, quando um barco foi disponibilizado pelo Projeto Grael. Em um dia, os alunos aprendem na escola sobre o meio ambiente e a utilização de energia. Depois, já na UFF, há aulas de instrumentação ambiental, onde eles aprendem a medir grandezas atmosféricas e oceânicas.

“O fato dos alunos da UFF serem professores nessas aulas aproxima os estudantes do ensino médio do que está sendo ensinado. Também montamos experimentos e jogos para mostrar ao aluno que a universidade é interessante e que ela pode ser uma mudança na vida deles”, comenta o coordenador do curso, Márcio Cataldi.


Projeto Barco Escola na capa de O Fluminense, edição de 18/03/2018.


Em um terceiro dia, os alunos chegam ao Projeto Grael, em Jurujuba, para pôr em prática o que aprenderam na teoria. Lá são ensinados sobre noções básicas náuticas e da embarcação. Também recebem informações sobre o lixo flutuante encontrado na Baía de Guanabara e seus impactos. Os alunos são instruídos em como lidar com os problemas do mar e realizar as medições de temperatura, umidade e salinidade, entre outras atividades.

“O [Projeto] Grael está completando 20 anos em 2018, já tem um legado com a área náutica, usando o barco como instrumento de educação. Essa parceria tem um papel fundamental para sociedade e para os alunos, e pode ser um exemplo para outras instituições”, salienta Thiago Marques, coordenador de Meio Ambiente do Projeto Grael.

Durante as atividades, o foco também está em trabalhar com o conteúdo pedagógico que os alunos estão tendo em sala de aula para aumentar a motivação dos estudantes e popularizar a ciência.

“Teve uma escola em que a realidade dos estudantes estava muito distante do objetivo da universidade, mas quando foram até a UFF, conheceram na experiência, vimos a mudança. Se conseguirmos incentivar um aluno que não tinha interesse de estudar para fazer a graduação, vamos ficar muito felizes”, completa Cataldi.

Por enquanto, cinco escolas de Niterói, Magé e Cachoeira de Macacu já foram selecionadas para participar da experiência nesse semestre do ano. Mas os trabalhos serão abertos, no dia 20, com um grupo formado por jovens atendidos pelo Projeto Grael.

“Pretendemos aumentar o número de escolas atendidas e aumentar os recursos do barco. Interessante ver que em um período de crise, uma parceria entre a faculdade e um terceiro setor pode dar frutos se as pessoas também abraçarem a causa”, finaliza Thiago.

Estudante do 7° período, Mariáh Valentim, de 23 anos, entrou para o projeto em seu primeiro ano de universidade. Foi durante o protótipo da aula, em 2016, que viu o que queria fazer na engenharia.

“Me trouxe prazer conhecer os alunos da escola, outros colegas de aula e futuros parceiros de profissão. Os estudantes que atendemos estão à margem da sociedade e não têm perspectiva de entrar para a universidade e nós percebemos a mudança de pensamento deles”.

No futuro, o grupo pretende promover mudanças no barco para que se torne mais sustentável. Além disso, a ideia é realizar uma espécie de museu itinerante com a embarcação, aberta a visitação para ser atracada pela costa brasileira.

Escolas interessadas em participar podem entrar em contato com o Projeto Grael na Av. Carlos Ermelindo Marins, 494, Jurujuba, pelo telefone 2711-9875, ou pelas redes sociais do Projeto Barco Escola.

Fonte: O Fluminense



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