domingo, 23 de novembro de 2014

A cidade de Niterói está de olho na qualidade do ar


Esclarecimento:

A matéria abaixo foi publicada pelo jornal O Fluminense e aborda um importante tema para Niterói que é a necessidade de implantar um sistema de monitoramento da qualidade do ar da cidade.

Atualmente, apenas uma estação de monitoramento encontra-se instalada no Barreto e é operada pelo INEA. A Prefeitura vai instalar outras unidades, gerando uma base de informações sobre a qualidade do ar. A principal fonte de poluição são os veículos automotores.

Inicialmente, serão implantadas estações de monitoramento de particulados (poeira), como parte das medidas ambientais da TransOceânica. Em seguida, a rede de monitoramento vai aproveitar a rede de pluviômetros, uma vez que alguns equipamentos instalados possuem capacidade de gerar informações úteis para este monitoramento.

Os dados gerados deverão compor o sistema de monitoramento mantido pelo INEA em toda a Região Metropolitana.

Axel Grael


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A cidade de Niterói está de olho na qualidade do ar


Estações medirão partículas e gases poluentes através de equipamentos que sugarão o ar e analisarão a qualidade. Se a poluição atingir nível acima do permitido, o Executivo tomará providências. Fotos: Douglas Macedo


Vinicius Rodrigues

Até fim do ano, cidade terá estações de monitoramento que serão usadas para medir a poluição causada pelas obras da TransOceânica

Niterói ganhará até o fim deste ano estações de monitoramento capazes de medir o nível de poluição do ar. De acordo com o vice-prefeito Axel Grael, serão cinco estações, sendo quatro fixas e uma móvel, que serão instaladas na Região Oceânica. A princípio, Axel explicou que as estações ficarão próximas das obras da TransOceânica, que consiste na construção de um túnel que ligará o bairro do Cafubá a Charitas, na Zona Sul da cidade. O motivo da escolha do local seria pela medição e controle da poluição que as obras trarão.

“Essas estações serão em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e auxiliarão o nosso controle das obras da TransOceânica. Elas medirão as obras em dois parâmetros: o primeiro é a medição das partículas inaláveis PM10 e as partículas totais. O segundo passo é a medição de gases poluentes”, disse Axel.

Ele explicou que essas partículas inaláveis PM10 funcionam como um elemento de poluição atmosférica. Uma vez no sistema respiratório, a pessoa poderá ter diversos problemas de doenças respiratórias. Já a medição de partículas totais seria o controle de ozônio e óxido de nitrogênio que podem ser altamente prejudiciais à saúde.

As estações terão equipamentos que sugarão o ar e que funcionarão como aspiradores. Esse ar sugado passará por um filtro onde ficarão as partículas a serem analisadas. Axel explicou que dessa análise sairão dados compatíveis com os analisados pelo Inea na Região Metropolitana e, caso atinja dados acima do permitido, o Executivo tomará as medidas cabíveis para o controle.

“Essa experiência das obras será uma prova de fogo para que possamos implantar outras estações na cidade. No início da nossa gestão, Niterói não contava com nenhum monitoramento ambiental, mas aí criamos um decreto lei em outubro do ano passado (nº 11542/2013 que regulamenta o Art. 171 do Código Municipal Ambiental, Lei nº 2602/2008) para aferir a sonoridade e também implantamos estações meteorológicas na cidade”, disse Axel.

Alerta – Uma pesquisa realizada entre 2006 e 2012 pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade foi apresentada no último dia 29 e mostrou que o índice de poluição do Rio é duas vezes maior do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O índice é quase igual à média de poluição no Estado de São Paulo apresentada no mesmo período.

O estudo apontou ainda que 36.194 mortes e 65.102 internações na rede pública de saúde foram por causa da poluição, sendo 14 mortes por dia em todo estado, representando um gasto público de R$ 82 milhões, entre 2006 e 2012.

As cidades de Duque de Caxias, Itaboraí, Nova Iguaçu, Macuco, Resende e Porto Real figuram entre as mais poluídas nos últimos dois anos do estudo. Já aquelas com maior risco de morte são: Macuco, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Itaboraí, Barra Mansa e a capital, por apresentarem maiores níveis de poluição, maior número de dias poluídos no ano e maiores taxas de mortalidade.

Em 2011, o número de mortes atribuídas à poluição no estado do Rio foi cerca de uma vez e meia maior que os 3044 óbitos por acidentes de trânsito, quase três vezes maior que as mortes por câncer de mama ou decorrentes da Aids e quase sete vezes maior que falecimentos por câncer de próstata.

Fonte: O Fluminense



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