domingo, 27 de outubro de 2013

TRANSOCEÂNICA: início de um novo tempo na mobilidade de Niterói


TransOceânica: uma nova era de transporte público de alta eficiência para Niterói

A aprovação dos recursos do PAC Mobilidade para Niterói é um momento histórico. É o resultado do trabalho da equipe do prefeito Rodrigo Neves, que para alcançar esses recursos ainda em 2013, começou a atuar ainda em novembro de 2012, na fase de transição do governo, ou seja, antes mesmo de tomar posse.

Uma das medidas do prefeito Rodrigo Neves que permitiu agilizar a negociação com o Governo Federal foi a criação do EGP-Nit, o Escritório de Gestão de Projetos, que está vinculado à Vice-Prefeitura. À equipe técnica do EGP-Nit cabe intermediar e acompanhar todas as negociações para a captação de recursos para Niterói e estabelecer procedimentos e ferramentas de planejamento e acompanhamento da execução de projetos, preenchendo uma das grandes carências da Prefeitura: capacidade de elaborar, executar e gerir de projetos.

Novo cenário na mobilidade: A TransOceânica começará a mudar completamente a lógica dos transportes em prática na cidade e começa a tirar do papel antigos planos de mobilidade da cidade (PITT, PDTT e Plano Lerner), que repousavam nas gavetas da Prefeitura.

O conceito do BHLS é um passo a frente até mesmo do sistema que outras cidades estão adotando, pois dará mais conforto e eficiência ao usuário, contribuindo assim para a adoção do transporte coletivo, em detrimento do transporte individual, que entope as ruas de Niterói.

Cabe complementar as matérias abaixo, informando que junto com a implantação da TransOceância virá toda uma concepção de mobilidade ligando os bairros às suas estações.

Ciclovias: Como parte desta nova concepção, uma extensa malha cicloviária será implantada na Região Oceânica, permitindo que os moradores possam se deslocar de bicicletas até a TransOceânica e utilizar bicicletários que serão distribuídos ao longo do percurso e próximos às estações e paradas principais.

Também haverá ciclovias ao longo da TransOceânica, preferencialmente em vias paralelas ou ao longo da própria avenida Francisco da Cruz Nunes.

Outras intervenções sendo planejadas: Além da TransOceânica, a equipe da Secretaria de Urbanismo e Mobilidade estuda a implantação do sistema de VLT - Veículo Leve Sobre Trilho, que ligará Charitas ao Centro de Niterói, com linhas circulares tanto no Centro como em Icaraí/Santa Rosa/Jardim Icaraí. Além disso, estão em elaboração os estudos para a TransNiterói, que complementarão o chamado "Anel de Alto Rendimento" e as Linhas Troncais que completarão o planejamento da nova mobilidade da cidade.

Axel Grael

------------------------------------------------------------

Um novo conceito de transporte para a Região Oceânica


De acordo com a Prefeitura, os veículos terão portas nos dois lados, podendo circular tanto na via expressa, quanto nas ruas da cidade. A TransOceânica deve ter 13 estações em seu percurso. Foto:Reprodução

Com reordenamento das linhas de ônibus no município de Niterói , TransOceânica promete ser um sistema mais moderno que o BRT, adotado no Rio de Janeiro

A TransOcêanica, principal projeto de mobilidade urbana da Prefeitura de Niterói para os próximos anos, vai incorporar um novo sistema de ônibus, mais moderno que o BRT adotado no Rio de Janeiro. De acordo com o prefeito Rodrigo Neves, a via expressa, cujas obras devem começar no primeiro semestre de 2014, incorporará o sistema BHLS (Bus of High Level of Service). Entre outras novidades, os veículos terão portas nos dois lados, podendo circular tanto na via expressa, quanto nas ruas da cidade. A TransOceânica deve ter 13 estações em seu percurso.

De acordo com a Prefeitura, a diferença do BHLS para o BRT é de concepção. O sistema adotado no Rio se inspira no metrô, criando uma via exclusiva para os ônibus articulados, que levam a população de locais mais distantes até áreas com grande oferta de empregos. Nesse sistema, as faixas acabam ocupando muito espaço urbano e os ônibus não podem rodar fora delas, obrigando que as pessoas façam várias baldeações para chegar até o destino final. Já o sistema BHLS é inspirado nos Veículos Leves sobre Trilhos (VLT), que circulam pelas mesmas ruas do tráfego convencional e conseguem ter maior capilaridade, indo até os diversos bairros de uma cidade.

Segundo o subsecretário municipal de Urbanismo, Renato Barandier, os ônibus devem circular normalmente nos bairros da Região Oceânica até entrar na nova via expressa, que, através de um túnel, seguirá até a estação das barcas em Charitas. O novo modelo será acompanhado da reorganização das linhas de ônibus na cidade. Parte das linhas terá mudança de itinerário. Para a racionalização, algumas linhas podem ser extintas e outras criadas. Os novos ônibus devem ser comprados pelas próprias empresas de ônibus, já que a renovação da frota já estava prevista anteriormente para este período.

Crédito – Esta semana, a Prefeitura de Niterói obteve o sinal verde do Tesouro Nacional para o financiamento do projeto. Na última segunda-feira, o prefeito Rodrigo Neves recebeu um ofício do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin Filho, informando que o município cumpriu todos os requisitos necessários à operação de crédito para a realização da obra. No mesmo documento, Arno revela como será feita a liberação do crédito de R$ 292,3 milhões por parte do Governo federal, via Caixa Econômica Federal e todo o cronograma do financiamento.

“Esse será o maior investimento em mobilidade urbana da história de Niterói”, comemora Rodrigo Neves.

Fonte: O Fluminense

-----------------------------------------
Leia também:
Prefeito de Niterói anuncia contrato para construção da TransOceânica

7 comentários:

  1. Axel Grael, você me perdoe, mas seu governo está muito mal assessorado em políticas integradas de transporte e uso do solo.
    Primeiro sua equipe veio com um projeto de OUC para o Centro sem nenhuma obra estrutural, de fato, visto que não promove aumento na oferta de transporte e, o que é pior: concentra 50% das atividades geradoras de emprego em 4% do território municipal, o que significa caminhar na contramão dos casos de sucesso de políticas integradas de transporte e uso do solo e de todo o discurso ambientalista, como você conhece bem.
    Depois, sua equipe resolveu colocar a obra que poderia exercer esse papel estrutural, fora da OUC, que é a Transoceânica (não entrarei no mérito se acho bom projeto ou não, mas apenas vou admitir a proposta de governo para expor sua contradição).
    Ocorre que para a OUC, sua equipe propõe vender Cepac por R$ 1 bilhão, mas para a transoceânica propõe (e já foi feito), endividar o município em R$ 292 milhões que custarão ao contribuinte 650 milhões por 25 anos, já considerados os juros do empréstimo , o que significa mais R$ 200,00, em média, no IPTU durante todo esse tempo. Ou seja: o que entra por uma mão, sai pela outra (aí a bipolaridade)...
    O governo anterior justificava o pedágio baseado na ideia de quem usa a via é quem deveria pagar por ela, já seu governo preferiu endividar o contribuinte. Mas porque vamos pagar essa conta se o túnel poderia ser pago com Cepac? Quem oferecesse o maior valor de outorga, teria a concessão do túnel por 25 anos, sem pedágio, porque seria remunerado na forma de CEPAC pelo potencial adicional construtivo que o próprio túnel incorporaria à região oceânica, em razão do aumento de capacidade da rede viária que estaria sendo oferecido.
    Agora vocês vêm com esse “Ônibus de Alto-Nível de Serviço”. Que “alto-nível”, Axel? Se o Coronel Paulo Afonso assumiu em depoimento à CPI dos transportes nesta semana que seu governo não tem sequer um funcionário que verifique os dados que as operadoras apresentam mensalmente ao poder concedente? Sua equipe orientou o Prefeito a explicar para a imprensa que o projeto Lerner é ruim porque induz o usuário a fazer muitas baldeações, mas que o ônibus “high-level”, por ter portas dos dois lados e rodar no bairro e ir para o Centro em faixa exclusiva é que seria a melhor solução para Niterói. Então, considerando que as linhas hoje já são todas radiais (bairro-centro) e que as faixas seletivas já começaram a ser implantadas no governo passado, então sobra como a grande novidade anunciada pelo Prefeito os ônibus com portas dos dois lados? É isso mesmo? Ou seja: a ideia é dobrar o custo com elevadores para pessoas com necessidades especiais? E vocês ainda aplaudem a equipe que lhe orientam a fazer esse papel?
    Vocês não estão conseguindo convencer o observador atento, porque não estão apresentando indicadores objetivos. A Secretária Maria Célia e você, na campanha do ano passado, falaram que chamariam para debates internos os especialistas com quem discutiram algumas ideias, mas até agora nada. Você e o Prefeito precisam de mais competência urgentemente: promovam uma gestão participativa; botem sua equipe para discutir com especialistas e você verá como o nível das propostas melhorará. O alto nível começa por aí, Axel.
    Reapresento abaixo, e agora publicamente, o que você já conhece há um ano: um dos muitos projetos da UFRJ para que o município, ao invés de pagar, possa receber receita com o túnel (clique lá no “Curtiu”).
    https://www.facebook.com/pages/T%C3%BAnel-Charitas-Cafub%C3%A1-exclusivo-para-modalidades-coletivas/351638664870438

    ResponderExcluir
  2. Jorge. Respeito a sua história, a sua bagagem no assunto e a sua opinião, mas realmente temos uma visão divergente. Temos muita confiança na equipe técnica que nos assessora e estamos muito seguros quanto a nossa política urbana e de mobilidade.

    Quanto às estratégias de viabilização dos investimentos necessários para a cidade não há viabilidade de solução sem empréstimos. E não há como se aplicar a solução da OUC para todos os investimentos na cidade.

    O que estamos fazendo está correto.

    Axel Grael

    ResponderExcluir
  3. Axel,

    Com todo respeito, mas quem define se o que vocês fazem é correto ou não é o cidadão, quando decide em que modo se transporta, e o eleitor, quando decide não reconduzir ao cargo quem se mostrou incompetente. Inteligente é quem internaliza uma crítica.

    Que você e o Prefeito estejam acreditando no que diz sua equipe fica evidente (estranho seria se não acreditassem e mesmo assim saíssem por aí repderoduzindo suas propostas).

    Não é esse o ponto. A questão é: porque seu governo não submete suas propostas ao debate com especialistas e a população antes de anunciar obras? Porque não confronta as propostas de sua equipe com outras? Com que indicadores objetivos seu governo demonstra que o high-level (sic) é melhor do que o sistema Lerner, por exemplo? E que coerência tem suas propostas quando analisadas em conjunto? Você não tem interesse sequer de conhecer a opinião dos especialistas que voce diz respeitar? Eu, por exemplo, com todo respeito, prefiro os desrespeito de quem não se exime de submeter as próprias ideias às críticas e ao confronto e vai preparado para um debate de modo a convencer seu interlocutor.

    Por que se evitar o confronto de ideias se o governo acredita tanto no que lhe diz sua equipe? Não há o que temer.

    Enfim, quando seu governo vai promover participação, conforme prometido em campanha? É que tem muita gente querendo jogar, Axel, mas está parecendo que o dono da bola quer jogar sozinho.

    ResponderExcluir
  4. BOA TARDE AXEL, TUDO BEM? SOU MORADOR DO RESIDENCIAL FAZENDINHA, PRINCIPAL LOCAL DO TUNEL E HOJE UM LOCAL DE MUITA TRANQUILIDADE E CONTATO COM A NATUREZA. O QUE VOCÊS PRETENDEM FAZER COM O NOSSO LAR? COMO FICARÁ A SITUAÇÃO DO RESIDENCIAL FAZENDINHA E DA RESERVA COLADA AO FUTURO TÚNEL?

    ResponderExcluir
  5. Nós fomos eleitos para decidir e é o que estamos fazendo. Nenhum governo foi mais aberto ao diálogo e a consulta como o nosso. Na OUC foram mais de 30 reuniões públicas e audiências formais. No caso da TransOceânica ocorreu a mesma coisa. Veja as postagens aqui no Blog e terás mais informações. O mesmo temos feito com outras intervenções e assim continuaremos a proceder.

    Mas, é nossa responsabilidade oferecer soluções, debate-las com a sociedade e desenvolve-las. É o que estamos fazendo.

    Isso contraria certos interesses partidários, mas é do jogo democrático: que se faça o debate político!!!

    Se isso contraria opiniões técnicas divergentes, estamos abertos a continuar debatendo nos devidos fóruns. Os conselhos municipais estão funcionando, o Legislativo tem nos demandado, temos debatido nas universidades, no Clube de Engenharia, em organizações profissionais, IAB, CAU, na OAB, em organizações empresariais, etc. Que os debates técnicos tenham continuidade!!!!

    Reafirmo que estamos agindo de acordo com a nossa convicção, com respaldo técnico e com a certeza de estarmos fazendo o certo e o esperado pela população.

    Os instrumentos de avaliação e controle da sociedade - inclusive o voto - sempre foram por nós fortalecidos, defendidos e respeitados. É o que mostra a nossa trajetória pessoal, profissional e de militância.

    Axel Grael

    ResponderExcluir
  6. Marcio. O projeto ainda está sendo detalhado e os estudos ambientais definirão medidas para garantir o menor impacto possível. Quanto à "reserva" que você se refere, sugiro que acesse http://axelgrael.blogspot.com.br/2013/11/prefeitura-de-niteroi-anuncia-parnit.html

    ResponderExcluir
  7. Uma coisa é apresentar propostas em audiências como mera formalidade, até porque a lei exige, outra coisa é planejar democraticamente, com análise hierárquica de alternativas, demonstrando a maximização do interesse público. Eu gostaria tanto de lhe provar que o que estão fazendo está errado...

    ResponderExcluir

Contribua. Deixe aqui a sua crítica, comentário ou complementação ao conteúdo da mensagem postada no Blog do Axel Grael. Obrigado.