quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

2014: o ano destinado as obras da TransOceânica


A via terá uma faixa exclusiva para ônibus, duas para o trânsito convencional e uma ciclovia. O sistema de ônibus adotado na TransOceânica será o Bus of High Level of Service (BHLS), utilizado na Europa com sucesso. Reprodução


Igor Mello

Orçadas em R$ 315 milhões, obras devem começar nos próximos meses. Primeira fase é a escavação do túnel Charitas-Cafubá. Governo municipal vai arcar com R$ 23 milhões do projeto

Aguardadas há anos pela população da Região Oceânica, as obras da TransOceânica devem começar nos próximos meses, de acordo com a Prefeitura. O projeto, orçado em R$ 315 milhões, promete ser a maior obra de mobilidade urbana da história de Niterói. A via ligará o Engenho do Mato a Charitas, passando por bairros como Itaipu, Piratininga e Cafubá.

O projeto foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade. O convênio com o Ministério do Planejamento foi assinado no dia 27 de novembro, garantindo a liberação de R$ 292,3 milhões do Governo Federal. Os R$ 23 milhões restantes ficarão a cargo do orçamento municipal. A primeira etapa será a escavação do Túnel Charitas-Cafubá, que encurtará em cerca de 8 km o trajeto, em comparação ao que é feito hoje pelos motoristas.

De acordo com o projeto, a TransOceânica terá uma extensão de 9,3 km e 13 estações. A via terá uma faixa exclusiva para ônibus, duas para o trânsito convencional e uma ciclovia. De acordo com a secretária de Urbanismo, Verena Andreatta, o sistema de ônibus adotado será o Bus of High Level of Service (BHLS), uma evolução do conceito de BRT implantado no Rio de Janeiro, já existente em diversos países europeus:

“Ao contrário do que aconteceu na TransOeste (BRT já funcionando no Rio), as estações serão no mesmo nível da via, pois acreditamos que funcione melhor na realidade de Niterói, urbanística e ergonomicamente. Também atuaremos na condição física e estrutural dos bairros por onde ela passa: a fiação passará a ser subterrânea, a sinalização para pedestres e ciclistas será uma prioridade, também faremos a urbanização de todo o trajeto”, explicou.

Segundo os estudos realizados pela Prefeitura, os ônibus devem ter velocidade média de 50 km/h, realizando o percurso em cerca de 20 minutos. Hoje o tempo levado para ir do Engenho do Mato a Charitas pode chegar a 1h15 nos horários de pico. Os ônibus farão sua parada final na estação intermodal de Charitas, que os integrará às barcas e ao VLT programado para o Centro, dentro da Operação Urbana Consorciada (UOC).

BHLS – O conceito de transporte que será implantado na TransOceânica permite que os veículos façam o serviço de embarque e desembarque de passageiros tanto nas estações, quanto nas ruas convencionais da cidade. Para isso, os ônibus terão portas dos dois lados. Eles serão usados nas linhas já existentes na Região Oceânica e poderão parar nas estações previstas no projeto.

O corredor também vai servir como uma pista seletiva para os ônibus convencionais, nos moldes  da existente na Avenida Amaral Peixoto. Estes veículos não farão paradas nas estações, indo diretamente para Charitas, na estação intermodal que será construída.

TransNiterói – Outro corredor expresso está sendo planejado para desafogar o trânsito da cidade. A construção da TransNiterói tem previsão para o período entre o fim de 2015 e o primeiro semestre de 2016, de acordo com a Secretaria de Urbanismo. O trajeto ainda não foi definido, mas ela deve se integrar à TransOceânica através da Avenida Paulo de Melo Kalle. Nesse modelo, algumas linhas que já existem também poderão circular pelo corredor exclusivo.

Fonte: O Fluminense

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